Algumas escolas ainda vendem alimentos pouco saudáveis 772


25 de outubro de 2017

Há vários relatos de encarregados de educação que dão conta de que os bares e as máquinas de venda automática de algumas escolas continuam a disponibilizar alimentos ricos em açúcar e gorduras.

Cinco anos após a publicação das orientações para os bufetes escolares pela Direção-Geral da Educação (DGE), há estabelecimentos de ensino que ainda não as cumprem. «Em teoria, isto não deveria acontecer. Não estão a ser cumpridas as orientações. De vez em quando, recebemos algumas queixas dos pais relacionadas com o que se vende nos bares e nas máquinas e com o que serve nas cantinas. São situações pontuais, mas isso não significa que o problema seja grande ou pequeno, porque nem todos os pais têm conhecimento do que se passa nas escolas», disse ao “DN” Pedro Graça, Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde.

Na opinião de Pedro Graça, «há um problema relacionado com a falta de fiscalização/verificação do cumprimento das normas», mas também «há alguma demissão por parte dos pais, que não vão às escolas onde os filhos andam». As próprias escolas e autarquias «deviam munir-se de técnicos especialistas capazes de aferir a qualidade dos produtos que são vendidos, verificar se as normas são cumpridas e promover alterações». Quanto às máquinas de venda automática, «é uma questão de fiscalização, porque se forem cumpridas as regras, não são nefastas».

Contactado pelo “DN”, o Ministério da Educação remete para o Ofício Circular n.º 7/DGE/2012 Bufetes escolares – Orientações e diz que «a Inspeção Geral da Educação e Ciência zela pelo cumprimento» dessa recomendações. Apesar de serem “orientações”, o gabinete de Tiago Brandão Rodrigues diz que não são facultativas e têm que ser cumpridas por todos os diretores de agrupamentos.

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