Um quinto da população mundial não consegue comer de forma sustentável 1131

No principio de 2019, o projeto EAT-Lancet lançou várias orientações sobre como comer de maneira sustentável, reduzindo emissões de dióxido de carbono e o desperdício de comida.

Este projeto que reuniu 37 dos mais conceituados cientistas do mundo em temas como a alimentação e a saúde, seguindo as diretrizes delineadas constatou que a dieta mais acessível a nível monetário custaria pouco mais de dois euros e meio (2,57€) por dia.

Para os especialistas, uma dieta-padrão saudável consistiria no consumo de 500 gramas de vegetais e frutas por dia e apenas o consumo de 14 gramas de carne vermelha.

Isto levaria a uma redução de 50% do consumo de carne vermelha e açúcar e a um aumento de 50% de consumo de frutos secos, verduras, legumes e fruta.

Contudo, um estudo publicado no passado mês de novembro pela revista científica Lancet, veio mostrar que, ao seguir essa dieta mais acessível, a mesma não conseguiria ser suportada por cerca de 1,68 mil milhões de pessoas, mais de um quinto da população mundial.

Segundo esse estudo, o custo de frutas e vegetais constituem a maior fatia (31,2%) do custo que uma mudança de dieta teria, seguida de legumes (18,7%), com carne, peixe e ovos a representarem apenas 15,2% de todo o dinheiro gasto em alimentação.

O mesmo refere que uma mudança para uma dieta saudável requer que alimentos saudáveis estejam “disponíveis e acessíveis” a populações mais desfavorecidas, coisa que não acontece.

Este aspeto é reconhecido pela EAT-Lancet, embora o relatório inicial não tenha tido em conta a “acessibilidade de uma dieta saudável de referência”. Para ajudar a ultrapassar esta situação, o EAT-Lancet iniciou uma série de parcerias, programas e projetos para alcançar setores específicos que podem trazer mudanças.

Neste momento este projeto está a ser lançado em cerca de 35 países em todo o mundo.

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