Europeus dispostos a adotar hábitos alimentares mais sustentáveis 1334

Um estudo publicado pelo BEUC – Bureau Européen des Unions de Consommateurs indica que a maioria dos consumidores europeus está disposta a fazer escolhas alimentares mais sustentáveis, mas o preço e a falta de escolha limitam essa intenção.

O estudo revela que para mais de metade dos inquiridos a proteção do meio ambiente influencia os seus hábitos alimentares, com particular destaque em países como Portugal, Itália, Espanha, Áustria e Eslovénia.

Apesar desta preocupação, o estudo mostra que os consumidores europeus ainda “tendem a subestimar o impacto dos seus hábitos alimentares no meio ambiente”. Cerca de 63% dos inquiridos não concordam de que o que comem tem um impacto negativo no meio ambiente e 48% pensa mesmo que os hábitos alimentares têm um impacto tão importante quanto o uso do carro.

O estudo indica ainda que para a maioria dos consumidores o principal obstáculo à mudança é o preço, mas também a “falta de conhecimento, informações pouco claras e escolhas limitadas”.

Outro dos aspetos analisados neste estudo refere-se ao consumo de carne vermelha. Um em cada três consumidores afirma estar pronto para reduzir o seu consumo, com exceção da Itália, o único dos 11 países cuja proporção daqueles que desejam reduzir o consumo (45,1%) excede aqueles que não quer (26%).

O relatório acaba por citar a Comissão Europeia, que afirma que “o consumo de alimentos é, de facto, a principal fonte de efeitos ambientais negativos gerados pelas famílias europeias, seguido das habitações (especialmente devido ao aquecimento) e da mobilidade (especialmente pelo uso do veículo particular)”.

Este estudo foi realizado no outono de 2019, envolveu 11 países e uma amostra de 1.000 pessoas de cada vez. Tendo em conta o período em que foi realizado, não reflete qualquer influência da pandemia de covid-19.

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