Cinco alimentos sob ameaça das alterações climáticas 1358

De acordo com o “World Economic Forum” as mudanças climáticas estão a influenciar o crescimento de determinados alimentos. O aquecimento global, os padrões climáticos instáveis ​​e as mudanças nas estações estão a colocar em risco alguns alimentos. As couves-flor do Reino Unido, as maçãs dos EUA, os pêssegos, o café e o trigo estão em risco de deixar de existir.

Uma das principais regiões de cultivo de couve-flor fica no Lincolnshire, no Reino Unido. Devido a um verão atípico com chuvas que trouxeram inundações, grande parte da safra deste ano foi destruída. A juntar a isto, os restantes produtores europeus tiveram de suportar uma onda de calor fora do normal que afetou a produção desta hortaliça. Esta falta de produto levou a uma escassez na procura. Embora se espere que a atual escassez de couve-flor seja uma interrupção temporária, as temperaturas mais altas aumentam a probabilidade de secas, inundações e tempestades, deixando vulneráveis ​​as futuras colheitas.

A maioria das maçãs orgânicas dos Estados Unidos é cultivada no estado de Washington, que produz mais de 200 mil toneladas por ano. O clima mais quente causou um aumento de doenças, uma questão problemática para pomares orgânicos onde os pesticidas não são usados. A isto juntou-se a luz solar intensa que queima a pele da fruta causando defeitos, o que muitas vezes significa que o fruto é somente vendido para sumos ou polpa a um preço muito reduzido.

O cultivo de pêssegos não é fácil, pois a fruta delicada é altamente suscetível a mudanças de temperatura. Uma colheita bem-sucedida precisa de “horas frias”, um período de tempo constantemente frio seguido por um período de clima mais quente. Com poucas horas de frio, os pêssegos são um fruto de baixa qualidade. Os produtores estão a trabalhar para desenvolver novas variedades de pêssegos, mais resistentes às mudanças climáticas, contudo estas demoram cerca de duas décadas a desenvolverem-se, décadas essas que se esperam que o planeta sofra mais perturbações climáticas.

Outros dos alimentos em risco é o trigo, um dos alimentos mais básico no mundo. O trigo é sensível às mudanças de temperatura e alguns países estão menos preparados para lidar as mudanças climáticas nas suas plantações. A Índia é um desses países. Segundo um estudo, este país pode ver uma redução nas colheitas de trigo entre 6% e 23% até 2050.

O último é o café. Este não prospera em calor extremo ou temperaturas muito frias. O aquecimento das temperaturas e os extremos climáticos estão a tornar as áreas de cultivo existentes inadequadas para a cultura. Segundo um estudo, pelo menos três quintos das espécies atuais de café enfrentam extinção. Uma das zonas mais ameaçadas, para além do Brasil, é a Etiópia e os seus cafezais nativos. Estes são uma fonte valiosa de diversidade genética, que os produtores podem precisar de utilizar para criar novas linhagens da planta, que podem prosperar à medida que o clima do planeta aquece.

Com a população mundial a atingir cerca de mil milhões em 2050, precisamos de encontrar alternativas. Isso significa fazer melhor uso da terra: obter mais com menos espaço e arranjar opções a determinados alimentos que temos, alguns dos quais, estes.

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