A rotulagem sobre OGM é «uma questão de direito à informação», mas não deve gerar alarmismos, ON 1861

A bastonária da ON explica mais em detalhe o que são os alimentos geneticamente modificados, no âmbito da discussão da sua rotulagem em Parlamento (ver notícia), enquanto defende uma postura não alarmista quanto ao assunto.

«Os organismos geneticamente modificados são aqueles que sofrem alteração no seu material genético. Muitas vezes são chamados de transgénicos. O que acontece é que há introdução de um ou mais genes, uma alteração que acaba por ser do conjunto do seu material genético. Ora, os alimentos geneticamente modificados acabam por ser aqueles que são produzidos recorrendo a estes mesmos organismos geneticamente modificados», lê-se no site da ON.

Os produtos com mais organismos geneticamente modificados presentes no mercado são essencialmente óleos alimentares e algum tipo de bolachas – com soja e milho. Alexandra Bento lembra que há legislação europeia sobre estes alimentos, mas apenas a partir de um limite.

«O que acontece é que na rotulagem nutricional nós temos informação de que, porventura, aquele produto alimentar pode conter organismos geneticamente modificados se a proporção for superior a 0,9% dos ingredientes, ou seja, é uma fração pequena da totalidade dos ingredientes para poder ter no seu rótulo esta informação».

A bastonária concorda com as propostas do PAN e PEV para a informação nos rótulos sobre estes organismos esteja presente independentemente da sua percentagem e para informação por parte da indústria da restauração, já que considera ser «uma questão de direito à informação», mas sem alarmismos. Realça, assim, o facto de que os produtos geneticamente modificados que estão neste momento no mercado foram sujeitos a testes para garantir a segurança alimentar.

«Parece-me que é muito oportuno termos mais informação para que os consumidores possam fazer escolhas mais informadas. Porém, não podemos deixar de lembrar que, muitas vezes, intensificarmos estas discussões pode, de alguma maneira, trazer uma imagem mais pesada e mais negativa para alimentos que anteriormente até eram escolhidos pelos consumidores e dar alguma perceção negativa em relação aos potenciais prejuízos para a saúde que podem nem existir».

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