Produtos contrafeitos com risco grave para a saúde das crianças: Saiba que brinquedos comprar 1156

A esmagadora maioria dos produtos contrafeitos perigosos são dirigidos a crianças, nomeadamente brinquedos. Nesta época natalícia, aprenda a escolher o presente ideal com maiores garantias de segurança.

De acordo com o Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), 97% dos produtos contrafeitos perigosos apresentam riscos para a Saúde. Destes, 80% são artigos para crianças, em particular brinquedos, e podem contribuir para “acidentes fatais ou danos irreversíveis”. A exposição a químicos e substancias tóxicas, bem como os riscos de asfixia e de estrangulamento, fazem parte dos perigos para os mais novos.

“Com a crise económica que se atravessa, sabemos que a escolha dos produtos vai incidir nos preços mais baixos, independentemente dos riscos associados”, explica a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI). Em comunicado, a entidade associa-se ao Instituto Espanhol AIJU, especializado em produtos infantis, no projeto “Safe or Fake? From school to university”, apoiado pelo EUIPO, “cujo objetivo, em Portugal,  é educar e alertar crianças dos 8 aos 12 anos, através de materiais lúdico-pedagógicos adaptados às suas idades que as estimulem para esta realidade o quanto antes”.

De acordo com a APSI, “estes recursos serão disponibilizados não só às escolas de ensino básico (1º e 2º ciclos), mas também a docentes e/ou futuros profissionais de educação que queiram aprender mais sobre como consciencializar as crianças para a importância da propriedade intelectual e os riscos da contrafação para a saúde, para a sociedade e para o ambiente”. Assim, instam os interessados a escrever para apsi@apsi.org.pt.

Uma vez que “os mais novos também são consumidores e influenciam a decisão de compra”, especialmente nesta altura do ano, a sensibilização para esta temática promove uma capacidade de consumo mais “informada, responsável e segura”. Estes são os principais pontos da APSI a ter em conta:

  • “Se se vai oferecer um brinquedo a uma criança, há que verificar se não tem pontas aguçadas ou bordos cortantes e que as pilhas estão guardadas num compartimento próprio, que só pode ser aberto com uma ferramenta. Atenção redobrada às pilhas botão!”;
  • “Para bebés e crianças até aos 3 anos, a escolha deve recair sobre brinquedos macios, leves, resistentes, laváveis e sem peças pequenas que possam soltar-se e ser engolidas ou aspiradas para os pulmões (rodas, olhos, cabelos, enchimento de peluches…). Os brinquedos ou peças não devem ser menores que 3,2 cm, ou 4,5 cm se forem esféricos ou semiesféricos (berlindes, bolas, ovinhos, etc.), nem terem fios ou cordões maiores que 22 ou 30 cm, dependendo da idade da criança, que possam causar estrangulamento”;
  • “Todos os brinquedos têm de ter a marcação CE e a indicação do nome e contactos do fabricante e representante. Se for o caso, a informação de que não se adequa a crianças com menos de 3 anos tem de estar presente”;
  • “É muito importante controlar os brinquedos a que a criança tem acesso – muitas vezes os mais novos brincam com os brinquedos dos mais velhos! — e ter especial atenção aos balões que, por vezes, acompanham os presentes e que a criança põe na boca sem que ninguém dê conta. Em minutos pode aspirar o balão e deixar de respirar!”;

Não só fisicamente se encontram problemas, lembra a Associação. Num mundo cada vez mais digital, as compras à distância também merecem atenção. Neste sentido, são apresentados os seguintes avisos:

  • “Começar por investigar antes de comprar: verificar o aspeto do site, bem como o endereço eletrónico. Comprar online implica confiança: Quem está por trás da plataforma? Quais as condições de venda e os métodos de pagamento?”;
  • “Ler as opiniões de outros consumidores sobre o site ou sobre determinado produto, mas mantendo o sentido crítico para se tentar perceber se são opiniões genuínas”;
  • “Por último e não menos importante, atenção a preços muito baixos e a termos como “Grátis” ou “Barato” que podem significar produtos falsificados ou não seguros”.

Em caso de dúvidas relativamente à segurança dos brinquedos, “as mesmas devem ser reportadas à ASAE ou à Direção Geral do Consumidor”. Em todo o caso, “o seguimento destes passos irá evitar muitos problemas e impedir acidentes”, e assim “garantir um Natal mais seguro e cheio de brincadeira”.

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