Conservas, sopas e pratos prontos a consumir com níveis de sal acima do recomendado 911

Um conjunto de 233 sopas, pratos pré-confecionados e conservas apresentam, quase na sua totalidade, níveis de sal superiores ao recomendado, mostra um estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

“Monitorização dos teores de energia, lípidos, ácidos gordos saturados e sal numa seleção de alimentos prontos para consumo disponíveis no mercado português”. O estudo “recolheu dados de composição relativos à energia, teor de lípidos, de ácidos gordos e de sal de 5 sopas, de 32 pratos e de 196 conservas”. Foram considerados os produtos que apresentavam, na informação nutricional online, valores para os quatro parâmetros indicados.

As sopas selecionadas foram pré-embaladas e prontas para consumo, assim como os pratos confecionados, à base de carne, peixe ou vegetais. As conservas incluíram conservas de produtos à base de carne, conservas de produtos à base de pescado e conservas de produtos à base de vegetais, como salsichas de vegetais. Também foram incluídas nesta categoria conservas de receitas compostas de produtos de origem animal e vegetal.

Neste sentido, 100% das sopas e pratos confecionados e 99% das conservas apresentavam níveis de sal acima do recomendado, não respeitando os valores de sódio recomendados pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS). No caso de sopas e pratos pré-confecionados, o valor de sal recomendado de 0,2g/100g não vou assegurado, com um valor médio registado de 1,1g/100g para as sopas e 0,9g/100g para os pratos. No caso das conservas, apenas duas tinham o valor desejado de 0,3g/100g: a média foi de 1,3g/100g.

A equipa de investigadores conclui ainda que parte significativa destas embalagens não apresenta informação nutricional completa ou correta, razão pela qual a amostra teve de ser reduzida por falta de informação – 70.6% das sopas, 28,9% dos pratos e 10,5% das conservas não tinham informação nutricional completa.

O EIPAS refere ainda que, “não obstante os resultados positivos decorrentes do [seu] esforço de reformulação atualmente em curso”, os resultados deste trabalho “demonstram que será possível a contínua reformulação dos alimentos das categorias em questão”.

Aceda aqui ao estudo completo.

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