Alimentação em destaque no 1.º Congresso Nacional de Saúde e Ambiente 338

O 1.º Congresso Nacional de Saúde e Ambiente realiza-se nos dias 7 e 8 de fevereiro, em Lisboa, e conta com a análise da importância de ter a alimentação como foco. Bastonária também estará presente.

“Por um futuro saudável e sustentável”, a Culturgest vai receber a nova iniciativa com vários debates acerca da necessidade de proteger o planeta. “Sabemos que o sector da saúde representa, em Portugal, cerca de 4,8% das emissões dos gases com efeito de estufa, a principal origem das alterações climáticas”, afirma o presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, entidade organizadora desta iniciativa.

Luís Campos lembra que “2023 foi o ano mais quente alguma vez registado e é possível que tenha sido o ano mais fresco do resto das nossas vidas”. “Nós, profissionais de saúde, para além de cuidadores, devemos ser defensores dos doentes e, sabendo que as determinantes ambientais já são responsáveis por uma em quatro mortes a nível global, temos o dever ético de nos envolver neste desafio global”, reforça ainda.

No primeiro dia de trabalhos, para lá das discussões que marcam o auditório Emílio Rui Vilar, a Sala 2 apresenta um conjunto de sessões paralelas em que a alimentação é destacada em três mesas-redondas distintas.

Na sessão das 10h, intitulada “Como estão as alterações climáticas a redefinir o risco de infeções?”, Mónica Oleastro, investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), vai abordar as doenças relacionadas com a alimentação. Por sua vez, a docente do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Margarida Moldão, é responsável por trazer à mesa-redonda “Poluição: o maior factor de risco para a mortalidade global” (11h30) a problemática da toxicidade relacionada com a alimentação.

Alexandra Bento, coordenadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA, vai refletir sobre a alimentação sustentável na mesa-redonda “Que sectores têm maior impacto ambiental nos hospitais?”.

No segundo dia de Congresso, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Liliana Sousa, fará parte de um largo painel intitulado “As ordens profissionais perante as alterações ambientais”.

No evento, “as opções veganas ou vegetarianas serão privilegiadas e não será servida carne vermelha. Dar-se-á preferência a produtos locais e sazonais” e “os alimentos não consumidos serão doados a uma empresa de redistribuição para populações carenciadas”, lê-se no site da iniciativa.