OMS indica que alimentos para bebés têm excesso de açucar 1966

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recolheu dados sobre alimentos e bebidas para bebés e crianças pequenas e constatou que, em quatro cidades europeias, um em cada três alimentos infantis tem níveis de açúcar excessivos e são comercializados de forma incorreta como adequados para bebés com menos de seis meses.

As quatro cidades europeias analisadas foram Viena (Áustria), Sofia (Bulgária), Budapeste (Hungria) e Haifa (Israel). Os dados foram recolhidos, entre novembro de 2017 e janeiro de 2018, e foram analisados 7.995 alimentos ou bebidas comercializadas para bebés e crianças pequenas, em 561 lojas.

Em todas as quatro cidades, entre 28% e 60% dos produtos era comercializado como sendo adequado para bebés com menos de seis meses de idade e em três das cidades metade ou mais dos produtos forneciam mais de 30% das calorias através dos açúcares.

Em cerca de um terço dos produtos, o açúcar, sumo de frutas concentrado ou outros agentes edulcorantes faziam parte da lista de ingredientes.

Posto isto, a OMS propõe a proibição de açúcares adicionados em todos os alimentos para bebés, a limitação do teor total de açúcar dos snacks salgados a valores inferiores a 15% da energia e do uso de puré de fruta a 5% do peso total do alimento. As bebidas de frutas e sucos, as alternativas de leite e os salgadinhos doces também não devem ser comercializados para bebés e crianças de até aos três anos de idade (36 meses).

Como recomendação, a OMS sugere uma melhoria da rotulagem no que se refere aos produtos de açúcar e aos teores totais de frutas, assim como a redução do teor máximo permitido de sódio para 50mg/100Kcal e 50mg/100gr na maioria dos produtos.

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