Estudo do CINTESIS/FMUP defende que Gérmen de trigo faz bem à saúde gastrointestinal 1044

De acordo com um estudo realizado por investigadores do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), o consumo regular de gérmen de trigo pode contribuir para uma melhoria da saúde gastrointestinal.

Os investigadores compararam o efeito do consumo de pão enriquecido com 6 gramas de gérmen de trigo com o consumo de pão refinado normal.

Os participantes foram divididos em dois grupos de voluntários saudáveis, que não sabiam que tipo de pão estavam a consumir.

Segundo os resultados apresentados, “verificou-se que as pessoas que consumiram diariamente o pão enriquecido com gérmen de trigo durante 4 semanas tiveram uma melhoria na qualidade de vida associada a uma diminuição do desconforto intestinal”, indica a nota divulgada.

Para além disso, “observou-se também uma melhoria do microbiota intestinal (a população de microrganismos que habitam o intestino) através de um claro aumento do número de dois géneros de bactérias, os Bacteroides e as Bifidobactérias”, explicam na mesma nota.

“Este estudo vem valorizar o papel do gérmen de trigo, um subproduto da indústria de moagem de trigo, fornecendo bases para a sua utilização em alimentos destinados ao consumo humano”, indica André Rosário, investigador do CINTESIS/FMUP e primeiro autor deste estudo, em comunicado.

Até agora, o gérmen de trigo tem sido usado sobretudo na alimentação animal.

Segundo os investigadores este estudo deverá “prosseguir para dar suporte a possíveis pedidos de alegação de saúde, a submeter pela indústria alimentar às autoridades europeias (a EFSA – European Food Safety Authority), utilizando a mesma metodologia, a Avaliação de Tecnologias da Saúde”.

Esta investigação foi coordenada por Luís Azevedo (CINTESIS/FMUP) e Conceição Calhau (CINTESIS/NOVA Medical School), e inseriu-se no projeto VALORINTEGRADOR, financiado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização. Para além disso, contou ainda com a colaboração da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho.

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