Deputados querem ouvir DECO e ASAE sobre condições da carne picada nos talhos 734

02 de fevereiro de 2017

Os deputados aprovaram ontem por unanimidade a audição da associação de defesa do consumidor, DECO, da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e do Conselho de Segurança Alimentar sobre as condições da carne picada vendida nos talhos.

O requerimento foi apresentado pelo PSD na Comissão de Agricultura e Mar no seguimento de um estudo publicado na Deco Proteste onde foi identificada carne guardada a temperaturas demasiado altas, «milhões de bactérias por grama», demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes, avançou a “Lusa”.

Em resultado destas conclusões, divulgadas na semana passada, a Deco apelou aos consumidores para que não comprem hambúrgueres já picados nos talhos, onde encontrou bactérias nocivas e aditivos alergénicos usados para fingir que a carne é fresca.

A associação de defesa dos consumidores diz que identificou carne guardada a temperaturas demasiado altas, «milhões de bactérias por grama», entre as quais a salmonella e outras de origem fecal, demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes.

Para o estudo, a DECO foi a 25 talhos de Lisboa e Porto e pediu hambúrgueres de carne de vaca que não contivesse cereais ou vegetais, para que estivesse livre de sulfitos, mas mesmo assim encontrou este tipo de conservantes de forma «escondida e ilegal» em 80 por cento das amostras, por vezes em «quantidades enormes».

Os sulfitos podem provocar alergias, náuseas, dores de cabeça, problemas de pele, digestivos e respiratórios, alertou, acrescentando que a reação alérgica pode, embora em casos muito raros, ser potencialmente mortal.

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