Deficiência de selénio em Portugal debatida em evento da Pharma Nord 1388


26 de maio de 2017

A Pharma Nord organizou ontem, em Lisboa, uma sessão com o objetivo de alertar para a importância do selénio, um mineral escasso nos solos portugueses.

O evento, que teve como convidados Catarina Galinha, engenheira biológica e investigadora do Instituto Superior Técnico de Lisboa, e Miguel Baião, Médico especialista em Medicina Geral e Familiar, Medicina Integrativa e Ortomolecular, contou com uma audiência de quase 200 convidados, entre farmacêuticos, nutricionistas, médicos, enfermeiros e jornalistas.

Um estudo recente, realizado pela investigadora Catarina Galinha, analisou amostras de solo e trigo provenientes de vários terrenos agrícolas de norte a sul do país, procurando entender as causas para haver níveis tão baixos de selénio nos alimentos e no sangue. A conclusão foi de que o trigo cultivado em solo português, bem como os vegetais e frutos, é muito pobre em selénio.

Os solos europeus apresentam níveis muito inferiores de selénio, quando comparados com outras regiões, como os Estados Unidos, Canadá ou Japão. Estima-se que cerca de 20% da população europeia não obtenha a quantidade recomendada de selénio.

Nas últimas décadas, o consumo de selénio pela população europeia tem vindo a diminuir consideravelmente devido, essencialmente, à baixa ingestão de cereais integrais (hábitos alimentares) e ao aumento do consumo de trigo produzido nos solos empobrecidos da Europa (o trigo importado do Canadá e EUA contém 50 vezes mais selénio), lê-se num comunicado enviado pelo organismo.

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