Alemanha regista consumo mínimo histórico de carne 1824

Os alemães estão consistentemente, ano após ano, a consumir cada vez menos carne. Em 2022, cada cidadão comeu, em média, cerca de 52 quilos, o que representa o valor mais baixo desde que existem registos.

O decréscimo de consumo é generalizado e não olha a espécies: são menos 2.8 quilos de porco, 900 gramas de carne de vaca e vitela e 400 gramas de carne de aves. Trata-se de uma redução de 4.1 quilos por pessoa em comparação com 2021, o valor mais baixo desde que se iniciou o registo de consumo em 1989.

De acordo com o Ministério da Agricultura e da Alimentação germânico, “este declínio no consumo de carne é causado pela tendência contínua de adesão a dietas vegetarianas”. Por exemplo, em 1997, o consumo de carne situava-se nos 60,8 quilos anuais por pessoa, menos cerca de 9 quilos do que o registado em 2022.

No mesmo sentido, a produção doméstica na Alemanha tem igualmente diminuído. Em relação ao ano anterior, a produção de suínos baixou 9,8%, a de bovinos 8,2% e a de aves 2,9%. Para lá do vegetarianismo e veganismo, o aumento do preço da carne por força da inflação e as preocupações ambientais parecem pesar nas decisões.

Portugal não segue tendência

De Berlim a Lisboa, o caso muda substancialmente de figura. Os portugueses consumiram em 2022, em média, cerca de 118,5 quilos de carne, ou seja, mais do dobro dos conterrâneos europeus.

E não só consomem mais, como a tendência tem sido para um consumo cada vez maior. Por exemplo, em 2021 o consumo médio situava-se nos 114,5 quilos e em 2020 o valor foi de 113,4. No entanto, nos últimos cinco anos, o pico foi registado em 2019, quando cada português consumiu 119, 9 quilos, mostram dados do INE.

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