2.ª edição do Dare2Change deu “provas da mobilização do agroalimentar português” 1034

A 2.ª edição da conferência Dare2Change, que aconteceu no passado dia 21 de março, no Centro de Congressos do Super Bock Arena, no Porto, contou com 400 pessoas, o que, segundo a organização, em comunicado, deu “provas do forte sentido de mobilização do agroalimentar português em torno daquelas que são as temáticas mais caras à sua competitividade: por um lado, os progressos científicos e tecnológicos que estão a chegar à indústria e, por outro, as oportunidades de financiamento disponíveis para alavancar o crescimento do setor”.

Passaram pelo palco exemplos que vieram inclusivamente do Canadá e de Israel, além de outros projetos europeus, “que estão a mudar o futuro do setor”, seja da produção de leite através de métodos celulares até ao cultivo de arroz tolerante ao sal em “quintas oceânicas”. Além desta apresentação de projetos, o evento foi ainda um espaço de partilha de conhecimento e de atualização técnica, é explicado, assim como, em paralelo à conferência, uma exposição de posters científicos.

Foram atribuídos 4 prémios (em cada uma das categorias: Desenvolvimento e Produção Alimentar; Digitalização e Indústria 4.0; Sustentabilidade e Economia Circular; e Saúde e Bem-Estar), entre os 170 posters, um número que evidencia o dinamismo e vitalidade das universidades e dos centros de investigação nacionais.

“A agenda do evento, organizado em parceria pela PortugalFoods, o Colab4Food e o INIAV, ficou também marcada pela apresentação do Pacto de Inovação VIIAFOOD – Plataforma de Valorização, Industrialização e Inovação Comercial para o Agroalimentar, por Marlos Silva do promotor líder MC. O VIIAFOOD será implementado através de uma Agenda Mobilizadora do PRR que tem como objetivo promover a transformação estrutural do setor, num investimento total de 100 milhões de euros em Inovação Produtiva e Projetos de IDT. Este momento foi precedido por um enquadramento das Agendas Mobilizadoras do PRR por parte do Presidente da Comissão Diretiva do IAPMEI, Luis Filipe Guerreiro”, lê-se.

Este trabalho colaborativo entre a academia e as empresas foi, aliás, um dos aspetos mais salientados pelo Secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que, no discurso de encerramento da conferência Dare2Change, sublinhou que tem toda a confiança na capacidade “destas sinergias entre o agroalimentar e a ciência” que mostram a sua capacidade mobilizadora, assumindo-se como “um setor diferenciador, com vocação exportadora e alinhado com as tendências do futuro – desde o aproveitamento sustentado dos recursos à preocupação com a segurança e qualidade alimentar”. O governante fez questão de reafirmar que o setor é “muito competitivo” e tem sido “marcado por iniciativas que permitem ter confiança no futuro”, dando especial destaque ao trabalho em parceria que tem sido liderado pela PortugalFoods, a entidade gestora do cluster do setor agroalimentar (constituída atualmente por mais de 170 associados) e Colab4Food, o laboratório colaborativo para a inovação da indústria agroalimentar e e pelo INIAV.

Para Amândio Santos, Presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods, a 2ª edição da conferência Dare2Change demonstrou “a vitalidade do setor e a energia que os seus atores colocam para criar um mundo melhor, respondendo às novas tendências dos consumidores e aos objetivos de sustentabilidade, preocupação ambiental e desenvolvimento económico”.

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