UNICEF. Crise alimentar empurra uma criança por minuto para a malnutrição severa 912

A crise alimentar global empurra uma criança para a malnutrição severa a cada minuto, alerta a Unicef, que pede 1,2 mil milhões de dólares para suprir necessidades urgentes de oito milhões de crianças em risco de vida.

Num comunicado emitido na quinta-feira, dia 23, citado pela Lusa, a agência das Nações Unidas para a Infância destaca o risco por emaciação severa em 15 países – como Burkina Faso, Chade, Madagáscar, Mali, República Democrática do Congo, Níger, Nigéria, Quénia, Etiópia, Somália, Sudão e Sudão do Sul, Afeganistão, Iémen e Haiti.

Segundo a Unicef, entre janeiro e junho o número de crianças a sofrer de emaciação severa aumentou 260 mil – de 7,67 milhões para 7,93 milhões. Isto ocorre quando o preço do tratamento para a emaciação severa aumentou 16% nas últimas semanas, devido ao rápido aumento dos ingredientes, deixando mais 600 mil crianças “sem acesso a tratamento e em risco de morte”. “Estamos a ver as condições para níveis extremos de emaciação infantil a começar a pegar fogo”, disse a diretora-executiva da Unicef, Catherine Russell, citada no comunicado.

O aumento dos preços dos alimentos provocado pela guerra na Ucrânia, a seca persistente em alguns países, por vezes combinada com conflitos, e o impacto económico da covid-19, está a fazer aumentar a insegurança nutricional em todo o mundo, resultando em níveis elevados de malnutrição severa entre menores de 5 anos.

A emaciação severa – quando a criança está demasiado magra para a sua altura – é a mais visível e letal forma de subnutrição, sublinha a Unicef. Entre os 15 países referidos, a agência estima que haja pelo menos 40 milhões de crianças que não recebem uma dieta suficientemente diversa para crescerem e se desenvolverem.

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