Portugueses inventam saleiro inteligente que calcula em segundos sal aconselhado por OMS 1870

Investigadores Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) criaram um protótipo para uma espécie de saleiro inteligente que calcula, em segundos, a quantidade de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para confecionar refeições em família.

O protótipo foi chamdo de ‘Salt Control’, pesa 328 gramas e tem 18 centímetros (cm) de comprimento, 12 de altura e 8,3 de largura.

O saleiro é uma caixa de plástico parecida com um saleiro de cozinha normal, contudo ao carregar-se num botão, é injetada, numa gaveta com meia dúzia de centímetros, a quantidade de sal necessária para preparar a refeição.

Este aparelho ‘hi-tech’ é considerado inteligente, porque calcula o sal recomendando pela OMS.

“Este equipamento ajuda, porque já tem as doses previamente definidas. A pessoa seleciona o botão correspondente ao número de elementos da família para a qual vai confecionar a refeição, e tem a dose de criança e a dose de adulto”, explicou Carla Gonçalves, investigadora da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) e a principal responsável pela criação do controlador de sal.

Com esta invenção não terá de se preocupar se está a usar sal em excesso na comida para os comensais, porque a dose é predefinida com algoritmos e depois basta clicar no botão certo.

O próximo passo do projeto IMCSalt será realizar uma intervenção clínica junto de “260 famílias portuguesas” para que utilizem, durante dois meses, em casa uma réplica daquele saleiro especial, e assim verificar se o saleiro tem impacto na saúde das famílias.

A patente foi pedida este verão, e espera-se que o novo equipamento possa chegar ao mercado em 2023.

Para ajudar a criar o processo mecânico, a FCNAUP teve como parceiro o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) da Universidade do Porto.

O projeto foi criado por Carla Gonçalves e por Pedro Moreira da FCNAUP e do INEGI, e conta com as parcerias do Serviço de Saúde Ocupacional do Hospital São João do Porto, bem como do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – U.Porto (ICBAS).