Padarias e Pastelarias dispostas a reduzir açúcar e gordura dos bolos 1008

As padarias e pastelarias que fornecem alimentos às escolas, pretendem fornecer bolos com menor quantidade de açúcar e gorduras.

Esta ideia surge após o Despacho publicado, a 17 de agosto, pelo Governo, que estabelece as normas a ter em conta na elaboração das ementas e na venda de géneros alimentícios nos bufetes e nas máquinas de venda automática nos estabelecimentos de educação e de ensino da rede pública do Ministério da Educação.

No entanto, e segundo o jornal “Público”, a indústria queixa-se que o despacho identifica os produtos considerados nocivos, deixando pouca margem para soluções mais saudáveis. Aliás, o despacho só indica o que é proibido e não o que é permitido.

“Queremos produzir produtos mais saudáveis”, indicou António Fontes, presidente da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (Aipan), ao jornal “Público”, acrescentando que “se tivessem falado anteriormente connosco, neste momento já teríamos capacidade de ter alternativas nas escolas”.

António Fontes indicou ainda que as padarias e pastelarias encontram-se também disponíveis para um redimensionamento dos bolos, permitindo reduzir as quantidades ingeridas pelos alunos.

O vice-presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (Acip), Sérgio Fonseca, também em declarações ao “Público”, dá o exemplo do que aconteceu com a redução do sal no pão: a indústria trabalhou com o Governo e as autoridades de saúde para colocar os produtos em padrões mais saudáveis.

“Achamos que fazia mais sentido que o despacho indicasse os produtos a excluir com base no seu valor energético ou de sal, e não enveredasse pela via da proibição, uma vez que não permite que se criem outras soluções. afirmou Sérgio Fonseca, ao “Público”.

As pastelarias e padarias indicam ainda que foram apanhadas de surpresa pelo despacho, e que se preveem quebras na faturação na ordem dos 30 a 40% para os associados da Aipan, que trabalham maioritariamente com escolas.

Após a publicação do despacho, o Governo deu até ao final de setembro para rever os contratos com os seus fornecedores de modo a encontrar opções mais equilibradas.

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