No âmbito do Dia da Alimentação celebrado a 16 de outubro: Grupo Accor comprometido com a promoção de uma alimentação saudável e sustentável 766

A promoção de uma alimentação saudável e a redução do desperdício alimentar são das questões mais prementes do mundo atual. Nos países desenvolvidos, mais de 1 em 2 adultos e quase 1 em 6 crianças têm excesso de peso ou são obesas. Globalmente, mais de 30% dos alimentos é desperdiçado, embora 1 em cada 7 pessoas sofra de desnutrição. Estima-se que em Portugal sejam desperdiçados anualmente mais de 1 milhão de toneladas de alimentos. Os modelos de produção também são fatores agravantes, não só do desperdício alimentar, mas das alterações climáticas e da qualidade dos produtos, com a produção de carne a contribuir em 15% para as emissões de carbono no planeta e os aditivos alimentares com cada vez mais evidências de que são prejudiciais à saúde.

Consciente de que o atual modelo alimentar não é sustentável e considerando a sua atividade na área da restauração (com 100.000 restaurantes em todo o mundo e 200 milhões de refeições servidas), o Grupo Accor promove junto dos seus clientes uma alimentação de qualidade, saudável e sustentável e participando na transformação do modelo agrícola.

Para 2020, foram assim definidos nove compromissos que visam contribuir positivamente para uma alimentação saudável e de qualidade, bem como para a sustentabilidade do planeta, no âmbito do seu programa de Responsabilidade Social Corporativa – o Planet 21-Acting Here.

Nove compromissos por uma alimentação saudável e sustentável

1. Reduzir os resíduos alimentares em 30%, implementando um programa para reduzir consideravelmente o desperdício e dar uma segunda vida aos produtos. A marca trabalha num projeto 360º no qual inclui diferentes programas e ações, entre os quais o Second life, onde de uma forma criativa e inovadora, se valoriza produtos que já passaram o primeiro ciclo de vendas.

2. Privilegiar fornecedores locais e produtos da época, disponibilizando pelo menos 10 produtos regionais e garantindo que ¾ das frutas ou legumes são da época. Os hotéis Accor trabalham com um calendário de frutas da época e fornecem aos clientes as melhores frutas no melhor momento, trabalhando com fornecedores locais nas famílias de venda mais significativas.

3. Ampliar a oferta de produtos biológicos e apoiar a agroecologia, propondo pelo menos dois produtos biológicos principais no almoço, jantar e pequeno-almoço (cereais e frutas, por exemplo) – preferencialmente não importados, ou propondo produtos de agroecologia certificados. Dentro deste programa, o hotel Mercure dispõe do selo Discover Local, priorizando os produtos locais na sua oferta.

4. Privilegiar fornecedores que tenham compromissos relacionados com o bem-estar animal, oferecendo exclusivamente ovos (com casca e ovoprodutos) de galinhas criadas ao ar livre ou no solo (fora da gaiola*), e trabalhando com os fornecedores para integrar gradualmente os critérios de bem-estar animal. Dá-se igualmente prioridade à carne com certificados de bem-estar animal.

5. Banir as espécies de peixe ameaçadas e promover a pesca responsável, abolindo dos menus 6 espécies de peixe ameaçadas, bem como espécies de peixe ameaçadas localmente**, e propondo peixes selvagens ou peixes de criação com práticas responsáveis (certificação MSC ou ASC), se a oferta estiver disponível. Os hotéis Accor e os seus parceiros dão prioridade ao consumo de peixe não ameaçado.

6. Eliminar os plásticos descartáveis, fornecendo, apenas se necessário, palhinhas e palhetas ecológicas, e usando alternativas ao plástico, sempre que disponíveis (recipientes para produtos de take-away, recipientes individuais para pequeno-almoço, cápsulas de café, garrafas de água, etc.). Um trabalho progressivo para eliminar plásticos individuais e substituí-los por materiais compostáveis ou mais sustentáveis.

7. Eliminar aditivos controversos e limitar gorduras e açúcares, banindo aditivos controversos em 5 produtos principais, limitando a presença de gorduras e açúcares nos alimentos***, e evitando também o óleo de palma ou garantindo que este seja sustentável (com certificação RSPO, Rainforest alliance ou outras certificações biológicas). A padaria e pastelaria é portuguesa e francesa, de elevada qualidade, não sendo necessário adicionar xaropes ou açúcares.

8. Propor café ou chá responsável, disponibilizando, ao pequeno-almoço, café ou chá produzidos de forma responsável (com certificação Rainforest, Comércio Justo, Biológico, WFTO, etc.). O café do pequeno-almoço e os chás servidos nos bares são certificados.

9. Responder às diferentes necessidades alimentares, integrando nos menus uma oferta vegetariana e dando resposta aos regimes alimentares específicos (sem glúten, etc.).

De acordo com Javier Bello, F&B Manager de Accor Espanha e Portugal: “A missão atual dos nossos restaurantes é trabalhar para o cliente para ter a oferta mais saudável, equilibrada e sustentável; estas medidas representam um esforço económico que se vê compensado por uma melhor aceitação da oferta por parte dos clientes e no nosso compromisso ambiental, dentro destas 9 medidas que já temos em vigor e continuaremos a trabalhar para completar o nosso compromisso até ao final do ano”. E continua: “Os novos conceitos de F&B concebidos em Portugal como por exemplo os nossos restaurantes A Bicicleta localizados em Lisboa e Porto, baseiam-se num design de decoração ecológico, eco-friendly, equilibrada e sustentável com produtos locais, sazonais e opções vegetarianas. A nossa oferta nos restaurantes privilegia a oferta de produtos mais frescos e implementa todos os compromissos.

A luta contra o desperdício alimentar

Em paralelo, o Grupo Accor definiu como prioridade para 2020 a luta contra o desperdício de comida. Até o final deste ano, pretende-se reduzir o desperdício alimentar em 30%, através da promoção de iniciativas de sensibilização e ação entre clientes, colaboradores e público em geral para a importância de não desperdiçar alimentos.
“LOVE FOOD, NOT WASTE” é o lema promovido nos hotéis do Grupo que sensibiliza clientes, colaboradores e público em geral para a importância de não desperdiçar alimentos.

Em 2018, Accor iniciou uma campanha para que os hotéis desenvolvam diferentes iniciativas com o objetivo de lutar contra o desperdício alimentar. Os hotéis foram desafiados a criar e partilhar as suas iniciativas para reduzir o desperdício de comida, atuando em três níveis: aposta numa cozinha responsável, promoção do trabalho em conjunto entre colaboradores e clientes do hotel e reutilização ou doação de produtos. Em 2019, mais de 50% dos hotéis já contava com um programa específico para reduzir o desperdício e o Grupo reduziu o lixo em 3000 toneladas.

Desenhar menus zero desperdício, substituir a louça por tigelas de menor tamanho para limitar o desperdício, ou organizar cursos de cozinha para os colaboradores fomentarem o aproveitamento de alimentos, são exemplos de propostas a nível local, mas com um impacto real e a longo prazo que os nossos hotéis já estão a colocar em marcha.

O Grupo disponibiliza ferramentas e soluções aos seus hotéis em função da sua tipologia: Accor oferece kits de soluções adaptadas a cada unidade onde, por exemplo, grandes hotéis com um alto nível de hóspedes, eventos, refeições servidas etc. operam com tablets Winnow que os ajudam a controlar o desperdício de comida nas suas cozinhas. Nos hotéis de menor tamanho onde a oferta de F&B está mais focalizada nos pequenos-almoços, utiliza-se a app Too Good to Go, através da qual conseguem dar saída ao excedente de alimentos.

Uma missão com resultados em Portugal
Em 2019, 19 hotéis em Portugal do Grupo Accor desenvolveram um programa interno específico para lutar contra o desperdício alimentar, oito unidades atualmente doam os produtos alimentares não usados, e mais da metade dos 33 hotéis fornecem as suas cozinhas com produtos locais ou com cadeias de abastecimento curtas ou muito curtas.
36% dos hotéis do Grupo Accor em Portugal já contam com uma horta urbana para a plantação de diversos produtos frescos e biológicos, que são utilizados na elaboração dos menus dos restaurantes dos hotéis, na carta de cocktails e chás nos bares, e até nos óleos aromáticos dos spas. Vegetais, frutas, ervas e flores comestíveis são alguns dos cultivos existentes nas hortas urbanas dos hotéis do Grupo no nosso país. Entre algumas das unidades que já contemplam esta oferta, encontram-se os hotéis ibis Faro Algarve, Novotel Setúbal e Novotel Porto Gaia. A colocação de hortas urbanas nos hotéis de todo o grupo permite reduzir o impacto ambiental ao máximo e oferecer aos nossos clientes os produtos mais frescos. Nesta linha, destacamos o facto de que, cada unidade hoteleira é incentivada para escolher fornecedores nacionais e produtos da época. Um dos nossos objetivos até 2020 é que, pelo menos 10 produtos sejam regionais, e cada unidade deve garantir que ¾ das frutas ou legumes são da época.

*até final de 2020, em áreas onde as cadeias de abastecimento estão já desenvolvidas (ovos de casca na Europa, por exemplo) e até o final de 2025, em mercados onde as cadeias de abastecimento estão em desenvolvimento.
** Lista detalhada das 6 espécies de peixes proibidos: Tubarão (exceto o pinta-roxa), Raia (exceto Raja Clavata na Europa e as raias do Atlântico Noroeste capturadas por pescadores nos Estados Unidos), Atum-rabilho (Thunnusthynnus, T. orientalis, T. maccoyii), exceto Thunnusthynnus da costa leste do Atlântico ou do Mediterrâneo, pescado à linha e com peso superior a 25 kg, Garoupa (Epinephelus spp), Caviar Selvagem de Esturjão (Acipenserspp.), Enguia (Anguilla spp). Bem como espécies ameaçadas localmente.
***Aditivos alimentares controversos: edulcorantes E951 (aspartame); corantes azo E102, E104, E110, E122, E124, E129; glutamatos E620 a E625; antioxidantes E320, E321, E385; conservantes parabenos E214 e E219.

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