Não gostar de vegetais pode ser genético 990

Há quem adore vegetais e há quem lhes torça o nariz. Para já não há solução à vista, mas, pelo menos, as causas desse dissabor parecem estar identificadas. De acordo com um estudo de investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, o facto de não gostar de vegetais está relacionado com os genes.

Segundo os cientistas, as pessoas que têm duas cópias de uma variante de um gene ligado ao paladar sentem o sabor amargo de forma mais intensa, quando comparado com quem não tem essas variantes. Um facto que faz com que para algumas pessoas, os brócolos e couves-de-bruxelas, por exemplo, sejam muito amargos, tal como o café, a cerveja ou o chocolate negro.

Jennifer Smith, que liderou o estudo apresentado na American Heart Association’s Scientific Sessions 2019, explicou à BBC que todas as pessoas herdam certos genes que afetam os níveis de palatibilidade de diferentes formas. Quem tem duas versões da variante AVI não é tão sensível a sabores amargos e a alguns químicos, mas quem tem apenas um destes genes, denominado PAV, tem uma maior perceção e não consegue lidar com sabores tão amargos.

Por essa razão, a pós-doutorada em ciências cardiovasculares defende que é preciso ter em conta o sabor dos alimentos se realmente se quer que o paciente siga as orientações nutricionais.

O estudo analisou questionários de frequência alimentar de 175 pessoas e descobriu quem apresentava o gene com uma só cópia PAV já revelava maior dificuldade em incluir vegetais na sua dieta diária.

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