Movimento Doentes Pela Vacinação alerta: “Não atrase a vacinação. A prescrição eletrónica pode ser uma solução” 950

Preocupado com os expectáveis atrasos no cumprimento do Programa Nacional de Vacinação e das vacinas extra-plano, devido ao novo confinamento, o Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA) deixa o alerta: “É fundamental que não se atrase a vacinação”.

Consciente de que a deslocação física para ter acesso a uma consulta pode ser um entrave, o MOVA lembra que, em muitos casos, médicos e utentes podem optar pela teleconsulta e pela prescrição eletrónica, reforçando que o cumprimento de procedimentos como a vacinação é fundamental para evitar o aparecimento de doenças graves como o sarampo, a meningite ou a tuberculose.

“As pessoas estão a evitar deslocar-se. Sempre que possível, devemos assegurar que conseguem manter as suas rotinas de saúde, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos de uma quebra na vacinação e que a procure evitar recorrendo a ferramentas eficazes como a teleconsulta e a prescrição eletrónica”, explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Uma vez prescrita a vacina terá então de haver deslocação para fazer as mesmas, mas o processo ficou significativamente mais curto e mais seguro”, continua, antes de sublinhar: “Devemos optar sempre pela segurança, mas não podemos viver a medo. As unidades de saúde estão preparadas para ministrar as vacinas em segurança. Relembro que existem muitas outras doenças graves que são preveníeis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas.”

Também o pediatra Hugo Rodrigues reforça: “É importante reforçar a ideia de que as outras doenças não deixaram de existir por causa da COVID-19. E ignorar este facto é extremamente arriscado é perigoso.”

O autor de Pediatria para todos® considera as vacinas um dos maiores avanços da medicina moderna e afirma: “Colocar em causa todos esses ganhos é irresponsável, mesmo que seja com boa intenção.”

O MOVA reforça, ainda, que “é cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite. A Direção-geral da Saúde reforçou, no início da pandemia, que, até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são extremamente importantes. Situações epidemiológicas como a do sarampo, por exemplo, não nos permitem adiar esta vacina. Não esquecer também que a vacina contra a tuberculose (a BCG) continua a estar no PNV consoante a avaliação de risco”.

Outro caso preocupante, é o da meningite, uma infeção grave, e potencialmente fatal. Aos pais e encarregados de educação, a fundadora do MOVA, Isabel Saraiva, deixa um pedido: “Pelo bem dos vossos filhos e da comunidade, apostemos na prevenção. Mais do que o ato individual, a vacinação é um ato de proteção pública.”

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