Máquinas de venda automática nas universidades apenas com 3% de fruta 1101

Segundo o estudo, realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, todas as 135 máquinas de venda automática analisadas em todo o país tinham doces, 61% disponibilizavam snacks salgados e apenas uma em cada três tinha como opção as sandes mais saudáveis.

Nas 100 instituições de ensino superior visitadas em todo o país, encontraram iogurtes sem adição de açúcar em apenas 8% das máquinas e fruta fresca em apenas 3%. Os refrigerantes estão presentes na mesma proporção que a água (93%).

Analisando a composição nutricional com o descodificador do rótulo, os alimentos analisados têm classificação vermelha para o açúcar, gordura e gordura saturada e amarelo para o sal.

Todas as máquinas continham “produtos proibidos” e numa das máquinas todos os produtos disponíveis seriam classificados como “não permitidos”.

Quanto às máquinas de bebidas quentes, todas apresentavam um valor máximo de açúcar disponibilizado superior ao recomendado pelo despacho que regulamenta a oferta das máquinas para o SNS (5g). A média de açúcar nas bebidas quentes era de 11g, mais do dobro do valor recomendado.

Analisando os resultados deste estudo, a Deco defende que é preciso modificar a oferta das máquinas de venda automática criando um enquadramento legislativo próprio, à semelhança do que existe para o SNS, de modo a garantir opções saudáveis e uma maior liberdade de escolha pelo consumidor.

Para além disso, a Deco defende ainda ser necessário uma maior promoção da literacia alimentar e nutricional à população universitária.

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