INSA divulga resultados da exposição a contaminantes num estudo de dieta total 1234

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, realizou um trabalho com o objetivo de avaliar a exposição da população portuguesa a cádmio, chumbo, arsénio, mercúrio e nitrato, denominado por “Avaliação da exposição a contaminantes com base num estudo de dieta total conduzido em Portugal”.

Este trabalho de Elsa Vasco, Maria Graça Dias e Luísa Oliveira, foi publicado no “Boletim Epidemiológico Observações”, publicação científica periódica editada pelo Instituto em acesso aberto.

Esta análise teve como base um Estudo de Dieta Total, conduzido entre 2014 e 2019.

Os resultados mostram que a percentagem da população portuguesa exposta a doses diárias superiores às toleráveis/admissíveis foi inferior a 5 para o cádmio e nitrato e inferior a 10 para o mercúrio, enquanto que para o arsénio e chumbo não foram ultrapassados os valores-guia.

No que respeita ao cádmio e chumbo, os resultados da exposição média da população portuguesa são menores que os valores reportados pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos para a população europeia.

No caso do arsénio, o valor médio de exposição encontra-se dentro do intervalo reportado.

Já no que se refere ao mercúrio, o estudo indica que que os maiores consumidores de peixe “deverão diversificar as espécies consumidas e incluir nas suas escolhas peixes de menores dimensões”, de forma a não ultrapassarem a dose diária tolerável.

“Os Estudos de Dieta Total (TDS) são considerados um bom complemento aos programas de monitorização ou vigilância alimentar existentes para estimar a exposição da população, através dos alimentos tal como são consumidos, a substâncias químicas prejudiciais e benéficas. A comparação da ingestão real de substâncias químicas presentes nos alimentos utilizando um TDS, com os valores de orientação baseados na saúde (Dose Diária Admissível, Ingestão Semanal Tolerável, Dose Diária Tolerável), fornece uma estimativa realista da exposição para fins de avaliação de risco da população em geral”, explica o portal do INSA.

Pode consultar o artigo aqui.

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