Guimarães promoveu alimentação e práticas agrícolas sustentáveis 1918

Dirigido às escolas de Guimarães, o projeto 360.come, que decorreu entre janeiro e novembro de 2023, financiado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, apresentou resultados durante a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos. Entre os vários objetivos da iniciativa, estavam a promoção de uma alimentação saudável, a redução do desperdício alimentar, o consumo de proximidade, a transição para uma economia circular e o bom uso dos solos.

Foram abrangidos pelo 360.come mais de 300 alunos vimaranenses, que foram sensibilizados e educados para as boas práticas agrícolas. Em 15 escolas, foram envolvidos 30 professores em 64 sessões e 15 workshops de cozinha, com três conhecidos chefs, António Loureiro (A Cozinha), Álvaro Dinis e Liliana Duarte (Cor de Tangerina), e Tiago Silva (QChef). Cada chef contribuiu com quatro receitas, que resultaram num livro que está disponível para toda a comunidade em www.labpaisagem.pt. No âmbito do projeto foram produzidos e entregues 400 kits de cultivo de microvegetais, feitos a partir da valorização de resíduos têxteis e máscaras.

O 360.come avaliou ainda o desperdício alimentar dos alunos, em contexto de escola, verificando-se, após intervenção, uma redução de aproximadamente 9%. Foi ainda disponibilizado um manual para cantinas mais sustentáveis, para promover esta mesma sustentabilidade nas cantinas públicas.

Os investigadores do Laboratório da Paisagem criaram também uma base de dados de produtores agrícolas, que conta com mais de 50 produtores e mais de 100 produtos, que tem como grande propósito promover o consumo de produtos agroalimentares que sejam produzidos e processados localmente. A promoção de boas práticas agrícolas pretende ainda ser potenciada através do Manual de Boas Práticas Agrícolas criado no âmbito deste projeto.

“É um projeto que trabalhou todas as vertentes da sustentabilidade, que deixa um legado fantástico e dados, que nos permitem perceber o que ainda temos de trabalhar ao nível da sensibilização. O projeto não pode parar aqui. Tem de continuar a trabalhar com as escolas para continuar a fazer a diferença”, refere Adelina Pinto, vice-presidente da Camâra Municipal de Guimarães e presidente do Laboratório da Paisagem.

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