DGS lança manual com recomendações sobre alimentação saudável para crianças 3924

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) lançou um manual com recomendações sobre alimentação saudável para crianças até aos seis anos, com várias recomendações para pais, educadores e profissionais de saúde.

Neste manual são várias as recomendações direccionadas para berçários e creches, algo que até agora não existia. Estas normas resultam de um trabalho conjunto entre a DGS e a Direcção-Geral da Educação.

O manual lembra que o excesso de peso atinge 32,6% das crianças com idades compreendidas entre 1 e 3 anos em Portugal, e tendo em conta esse facto apresenta várias indicações sobre quantidades e a forma como devem ser introduzidos os alimentos.

“A partir dos seis meses é hora de começar a diversificar a alimentação”, diz Maria João Gregório, directora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), da DGS.

Este manual indica que a comida confeccionada para as crianças até um ano não deve ter sal e açúcar e “os alimentos introduzidos devem ser os da Roda dos Alimentos”.

“Neste período deve-se variar a oferta alimentar e há alimentos proibidos: o açúcar e o sal adicionados e também os alimentos processados que têm adição de açúcar e sal”, indica Maria João Gregório.

A partir dos 12 meses, a criança passa a partilhar a mesma alimentação da família, e aí “os pais têm um papel enquanto modelo e a creche também”.

As crianças pequenas devem comer doses pequenas, e “não se deve forçar” a criança a comer mais quando não quer, nem “não aceitar que repita a dose” para evitar o consumo excessivo.

“Alimentos processados (por exemplo bolachas, cereais de pequeno-almoço) ou doces (como sumos, xaropes e mel) não deverão fazer parte da oferta alimentar das creches e infantários nem da rotina familiar”, refere a diretora do PNPAS.

Para Maria João Gregório, este “manual pretende uniformizar um conjunto de orientações e dar ferramentas para que os berçários, creches e jardins-de-infância estejam mais capacitados para poderem ser promotores de uma alimentação saudável”, adiantando que faz parte dos objectivos do programa trabalhar em conjunto com a Segurança Social para avaliar a alimentação dada nestes espaços.

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