
Os desafios da alimentação e nutrição na infância e adolescência estiveram em destaque esta quinta-feira no Congresso de Nutrição e Alimentação (CNA) da Associação Portuguesa de Nutrição (APN).
Em declarações à VIVER SAUDÁVEL, Joana Araújo, moderadora da mesa-redonda “Desafios sobre alimentação e nutrição na infância e adolescência”, lembrou a intervenção da investigadora Sofia João Nogueira. “Vimos que um padrão alimentar com uma gestão energética mais elevada, sobretudo à base de bebidas ricas em açúcar, causa de facto alterações metabólicas”, explicou a responsável.
Sobre a segunda palestrante, Liliana Fernandes, explica que foi abordada a seletividade alimentar em crianças com perturbações do espectro do autismo, e realçou que “a interação pode ser mais difícil” e que muitas vezes a própria avaliação inicial da criança, como o pesagem, pode ser complexa. Neste sentido, defendeu a necessidade de “um seguimento com ganho de confiança” e de articulação com o meio escolar.
Ao recordar a intervenção de Ana Rita Almeida sobre perturbações do comportamento alimentar e a necessidade de se apostar em abordagens multidisciplinares, referiu: “Mesmo que haja uma recuperação ou uma melhoria, muitas destas questões estão relacionadas com as expressões da imagem corporal e, portanto, essas vão continuar”, afirmou, sublinhando também os desafios do acompanhamento no setor privado e a importância de uma articulação com a psicologia.
Em jeito de conclusão, a representante da direção da APN destacou a escolha de Braga como local do congresso. “Tentamos incluir também colegas mais locais […] e acho que é importante fazermos isso, dar visibilidade a vários colegas que não estão no Porto, em Lisboa ou nos grandes centros.”