Aumentar a consciencialização para o Tromboembolismo Venoso 360

A 13 de Outubro assinala-se o Dia Mundial da Trombose, criado pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase para aumentar a consciencialização da população em geral para o problema do Tromboembolismo Venoso, os seus fatores de risco e sinais e sintomas associados, tendo em conta que esta é a terceira principal causa de morte cardiovascular, logo a seguir aos Acidentes Vasculares Cerebrais e aos Enfartes do Miocárdio.

O Tromboembolismo Venoso é uma doença que se caracteriza pela formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas do corpo, mais frequentemente das pernas, que podem interromper a circulação de sangue – Trombose Venosa Profunda, mas que também podem libertar-se e viajar até aos pulmões, ficando presos nos pequenos vasos capilares pulmonares – Embolia Pulmonar. Trata-se de uma doença potencialmente fatal e que pode afetar pessoas em todas as idades.

Embora existam vários fatores de risco para o desenvolvimento de Tromboembolismo Venoso, o mais significativo é o internamento hospitalar – até 60% dos casos de Tromboembolismo Venoso ocorrem durante ou até 90 dias após o internamento, sendo a principal causa de morte hospitalar prevenível. Por esse motivo, é importante também sensibilizar os profissionais de saúde para a avaliação sistemática do risco trombótico de cada doente, nomeadamente em doentes submetidos a intervenções cirúrgicas, e para a adoção de estratégias terapêuticas preventivas, quer farmacológicas (medicamentos anticoagulantes) ou mecânicas (como meias de compressão elástica). Para além da hospitalização, existem outros fatores risco para o Tromboembolismo Venoso, como por exemplo a idade > 60 anos, a história familiar de Tromboembolismo Venoso, as neoplasias, o traumatismo, a imobilização prolongada, a terapêutica anti-concepcional ou a gravidez.

Os sinais e sintomas de Tromboembolismo Venoso mais frequentes são apresentar uma das pernas inchada, vermelha e quente nos casos de Trombose Venosa Profunda, e falta de ar, dor no peito e palpitações nos doentes com Embolia Pulmonar. O tratamento pode diferir, mas envolve habitualmente medicamentos que dissolvem os coágulos sanguíneos que se formaram e que previne a formação de novos coágulos – medicamentos anticoagulantes.

Concluindo, é essencial saber que o Tromboembolismo Venoso pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, género ou etnia, e por isso todos devem conhecer o seu risco para desenvolver esta doença e questionar os profissionais de saúde sobre medidas de prevenção – manter um estilo de vida saudável e evitar o sedentarismo são algumas das medidas essenciais a tomar.

Caso desenvolva sinais ou sintomas sugestivos de Tromboembolismo Venoso, deve procurar ajuda médica imediata para não atrasar o diagnóstico e para que se inicie o tratamento o mais precocemente possível, para esta doença potencialmente fatal.

Ana Gomes – Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar – SPMI