Análise às águas algarvias revelou vestígios de medicamentos 1837

Segundo o Centro de Investigação das Ciências do Mar (CIMA), uma análise às águas algarvias, revelou vestígios de medicamentos.

A noticia foi avançada pelo Jornal Público, numa entrevista a Maria João Bebiano, diretora do Centro de Investigação das Ciências do Mar (CIMA) da Universidade do Algarve.

Para além da degradação do meio aquático devido aos microplásticos, o meio aquático enfrenta agora elemento: as toneladas de fármacos lançados ao mar, “através das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)”.

Segundo a investigadora, os compostos químicos de alguns medicamentos “são mais graves do que os plásticos” e a acumulação destes resíduos nas águas “pode dar origem a uma mistura de tal modo explosiva, que não conhecemos ainda o seu efeito”.

A partir de análises às águas do mar, os investigadores do CIMA conseguiram traçar um “perfil” do consumo de medicamentos da população algarvia. “Se pegar numa água de Portimão, encontro Prozac. No Guadiana, prevalece o Brufen”, refere Maria João Bebiano.

A investigadora revela ainda que “os resultados das análises aos microplásticos são assustadores”.

A região de Sagres é a que se encontra em situação mais crítica, no Algarve, com “as amostras a revelarem uma situação explosiva, no futuro”, concluiu.

A cientista portuguesa faz parte de um grupo de 25 peritos da ONU que estão a elaborar uma avaliação global do estado dos oceanos.

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