MiGRA Portugal debate acesso a cuidados de saúde na área da Enxaqueca e Cefaleias no Parlamento 511

A MiGRA Portugal (Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias) considera que é urgente uma mudança nas políticas de Saúde Pública que tenham em conta as necessidades mais prementes dos doentes com Enxaqueca e outras Cefaleias. Nesse sentido, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Cefaleias, desenvolveu um conjunto de recomendações para melhorar os Cuidados de Saúde nestas patologias, propostas que serão apresentadas e discutidas no próximo dia 15 de março, pelas 14 horas, em audiência com o Grupo de Trabalho – Audiências e Audições da Comissão de Saúde.

Pretende-se assegurar que o doente com Enxaqueca e outras Cefaleias tenha acesso aos cuidados de saúde e ao tratamento que precisa e desta forma garantir um menor absentismo e presenteísmo (produtividade inferior a 50%) no trabalho, melhor qualidade de vida e menor impacto na vida familiar e social do doente. Estas são as bases das 3 Recomendações definidas pela MiGRA Portugal como prioridades, a implementar pelo Governo a curto-médio prazo, para tornar menos incapacitante uma doença que afeta quase dois milhões de portugueses: criação de um Programa Nacional para as Cefaleias; consciencialização das empresas e inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no âmbito da Medicina do Trabalho; e inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no Plano de Ação para a Literacia em Saúde.

Na audição, vão estar presentes Madalena Plácido, Presidente da MiGRA Portugal, e Raquel Gil-Gouveia, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias. Para além das Recomendações, vão levar a debate os resultados obtidos num estudo acerca do acesso a cuidados de saúde nestas patologias (realizado pela MiGRA Portugal) e num inquérito sobre os serviços clínicos prestados a pessoas com Cefaleias (realizado pela Sociedade Portuguesa de Cefaleias).

Enxaqueca e Cefaleias

A enxaqueca é uma doença neurológica crónica que, atualmente, afeta cerca de dois milhões de portugueses. No entanto, e apesar de envolver diversas esferas, nomeadamente pessoal, familiar e profissional, continua a ser uma doença subvalorizada, subdiagnosticada e subtratada, sendo, por isso, cada vez mais urgente sensibilizar a comunidade para o impacto desta doença na vida dos doentes.

A relevância da enxaqueca no contexto das cefaleias deve-se à sua elevada prevalência, cerca de 12% da população mundial, e ao facto dos seus episódios serem habitualmente intensos e associados a incapacidade temporária, sendo que é considerada pela Organização Mundial de Saúde como a maior causa de anos vividos com incapacidade abaixo dos 50 anos.

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