Laboratório português vai estudar e promover ambientes de trabalho saudáveis 855

O Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS), projeto-piloto que nasceu há um ano, entrou em ação na passada quinta-feira, dia 31 de março.

O LABPATS foi criado no âmbito do projeto EATS (Ecossistemas de Ambientes de Trabalho Saudáveis), com o intuito de “criar e validar um instrumento de avaliação de ambientes de trabalho saudáveis, que tem em conta as condições de saúde e estilos de vida dos profissionais e a forma como as organizações são ecossistemas promotores da saúde e do bem-estar”, explicou a TSF, no seu portal.

Este projeto vai funcionar em rede, de forma colaborativa e multidisciplinar.

A iniciativa é dinamizada pela psicóloga Tânia Gaspar, e conta com 45 organizações, entre elas a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, a Cruz Vermelha Portuguesa, o Programa Nacional de Saúde Ocupacional da Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Administração e diversas ordens profissionais (como a Ordem dos Nutricionistas), sociedades científicas e universidades (Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Universidade Lusíada e Universidade do Algarve).

Este projeto “tem como objetivo o estudo aprofundado, sistemático e ecológico da saúde e bem-estar dos profissionais e das organizações e a colaboração na promoção e proteção da saúde e dos riscos em contexto laboral em Portugal, não negligenciando o desempenho”, explica a Ordem dos Nutricionistas, no seu portal.

Até ao momento esta iniciativa analisou “vários critérios, entre eles as condições físicas em que se trabalha, o facto de os profissionais serem envolvidos ou não nas tomadas de decisão, como a organização promove a saúde dos seus profissionais e, por exemplo, que medidas tem de apoio à família”, explicou à Lusa, a diretora do Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade Lusíada de Lisboa, Tânia Gaspar.

A dinamizadora do projeto, acrescentou ainda à Lusa, que “com uma cultura organizacional mais saudável, com menos stress e melhor qualidade de vida no trabalho consegue-se melhor desempenho e isto melhora os resultados e a satisfação dos profissionais e dos clientes”.

A avaliação EATS abrange áreas como a ética e cultura da organização, o envolvimento com a liderança, o ambiente físico, a relação da responsabilidade social da empresa com a comunidade e até os recursos para a saúde. Tudo é avaliado para medir o quão saudável é trabalhar na empresa.

Para se analisar estas áreas, é distribuído um questionário pela organização aos seus profissionais, e depois o Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS) trabalha toda a informação e elabora o relatório de diagnóstico, com sugestões de medidas que a organização pode aplicar para melhorar.

A ideia do LABPATS é ter pronto em outubro um manual de boas práticas com as contribuições das organizações parceiras nesta iniciativa.

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