Estudo diz que embalagens de vidro são as mais seguras e com menos químicos 783

[Crédito imagem: FEVE]

Um novo estudo internacional publicado no Food Science and Nutrition Journal que abordou e investigou as substâncias químicas que estão presentes nos materiais de embalagem. Concluiu-se assim que o vidro e a cerâmica são os materiais mais seguros para estarem em contacto com os alimentos e com menor número de químicos de detetados.

De acordo com a Friends of Glass, um fórum europeu de consumidores criado pela Federação Europeia de Vidro de Embalagem (FEVE), que cita o estudo e destaca o vidro, há cerca de 3000 produtos químicos nos materiais que compõem as embalagens e que podem passar para os alimentos, o que torna os consumidores mais suscetíveis aos mesmos.

O documento “Systematic evidence on migrating and extractable food contact chemicals: Most chemicals detected in food contact materials are not listed for use” refere ainda que foram detetados 2881 Food Contact Chemicals (FCCs), num total de seis grupos de Food Contact Materials (FCMs). Mais de dois terços dos FCCs (1975) foram identificados em FCMs de plástico, seguidos pelo papel e cartão (887), outros FCMs (760) e multi-materiais (614). O menor número de FCCs foram detectados no metal (251) e no vidro e cerâmica (47). 

“Isto porque o vidro tem origem apenas em matéria-primas provenientes da natureza (areia de sílica, carbonato de sódio e calcário), que se traduzem num material estável e inerte, e em embalagens com uma única camada, que não precisa de barreiras ou plásticos para estar em contacto de forma segura com os alimentos e bebidas. A maioria dos produtos químicos encontrados (65%) eram ainda desconhecidos, nunca tendo sido registados em qualquer regulamentação ou lista da indústria”, refere a Friends of Glass.

“O estudo revela que o vidro é o mais seguro dentro dos materiais de embalagem, tendo em conta que tem menor número de químicos em comparação com outros materiais, sendo assim o mais seguro para a nossa saúde”, refere Adeline Farrelly, Secretária Geral da FEVE.

“Este estudo evidencia os riscos potenciais ligados à migração de substâncias químicas para a cadeia alimentar e por consequência para o ambiente”,  refere Adeline Farrelly, que acrescenta: “Existe uma lacuna considerável de conhecimento a ser preenchida sobre a legislação.  Mas também as metodologias de avaliação do ciclo de vida das embalagens podem e devem ter em conta os produtos químicos, incluindo os químicos perigosos utilizados nos materiais de embalagem em contacto com os alimentos, que podem potencialmente passar para o ambiente”

 

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