Estudo: Dieta rica em alimentos fritos aumenta o risco de episódios cardiovasculares graves 854

De acordo com um estudo publicado na revista Heart, uma dieta rica em alimentos fritos aumenta o risco de sofrer episódios cardiovasculares graves, como ataques cardíacos ou derrames cerebrais. O risco aumenta a cada aumento semanal de apenas 114 gramas de alimentos fritos na dieta.

O estudo, denominado por “Fried-food consumption and risk of cardiovascular disease and all-cause mortality: a meta-analysis of observational studies“, é da autoria de cientistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Shenzhen, na China.

Este trabalho teve como objetivo realizar uma meta-análise para determinar quantitativamente a associação do consumo de alimentos fritos e risco de doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas na população adulta em geral.

A investigação selecionou vários estudos relevantes publicados até 11 de abril de 2020.

Foram recolhidos dados de 17 estudos, que incluíram 562.445 participantes e 36.727 eventos cardiovasculares graves, como ataques cardíacos ou derrames cerebrais, para avaliar os riscos de doenças cardiovasculares.

Depois, foram recolhidos dados de outros seis estudos, que incluíram 745.873 pessoas e 85.906 mortes registadas durante um período médio de acompanhamento de 9,5 anos, para avaliar a possível ligação entre o consumo de alimentos fritos e as mortes causadas por “doenças cardiovasculares” e por “outras causas”.

Esta análise permitiu apurar que, em comparação com a categoria mais baixa de consumo semanal de alimentos fritos, o risco de sofrer um evento cardiovascular grave na categoria mais alta aumentou em 28%, enquanto o risco de sofrer uma doença cardíaca ou insuficiência cardíaca aumentou em 22% e 37%, respetivamente. Estas percentagens de risco aumentaram 3,2 e 12%, respetivamente, com um aumento semanal de apenas 114 gramas de alimentos fritos, acrescentam os investigadores.

Os investigadores concluem então que o “consumo de alimentos fritos pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e apresenta uma relação linear dose-resposta. No entanto, os estudos originais devem considerar a alta heterogeneidade e potencial evocação e erros de classificação para o consumo de alimentos fritos”, pois vários estudos analisados incluem apenas um tipo de frito, peixe ou batatas fritas, em vez de uma análise à ingestão geral de alimentos fritos.

Segundo os investigadores, este tipo de alimentos aumenta a ingestão energética devido ao alto teor de gordura, ao mesmo tempo que gera ‘ácidos gordos trans’, prejudiciais à saúde, a partir dos óleos utilizados para a fritura, adiantam.

O método de confeção aumenta ainda a produção de derivados químicos que afetam a resposta inflamatória do corpo humano.

Pode consultar o estudo aqui.

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