Endoscopia digestiva alta permite diagnóstico precoce do cancro do estômago. E atenção à dieta 1665

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED), na sequência do Dia Nacional do Cancro Digestivo, que se assinala a 30 de setembro, vem alertar para o facto de a endoscopia digestiva alta permitir um diagnóstico precoce do cancro do estômago. A SPED, inclusivamente, está a promover um vídeo [disponível no final da notícia] que explica no que consiste o procedimento e em que situações este deve ser realizado.

É recordado, em comunicado, que entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do cancro do estômago estão:

  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Dieta rica em alimentos fumados e pobre em vegetais e fruta
  • A infeção por Helicobacter pylori e/ou pelo vírus Epstein-Barr
  • Inflamação do Estômago (gastrite crónica)
  • Presença de determinado tipo de pólipos do estômago
  • Antecedentes familiares de cancro gástrico

“Os sintomas associados a este cancro incluem a diminuição do apetite; azia ou indigestão; enfartamento precoce; perda de peso; anemia; sangue nas fezes (normalmente manifestado por fezes pretas); vómitos, com ou sem sangue; desconforto abdominal. Contudo, numa fase inicial, o cancro do estômago pode não apresentar sintomas, o que determina a importância do aconselhamento médico e diagnóstico precoce”, lê-se na nota.

E continua: “A endoscopia digestiva alta é o exame de eleição para o diagnóstico do cancro do estômago. Deste modo o revestimento do estômago (mucosa) é inspecionado cuidadosamente e se existirem alterações suspeitas poderão ser realizadas biopsias através do endoscópio (colheita de uma pequena amostra de tecido da mucosa do estômago para posteriormente ser examinada). A observação das células suspeitas ao microscópio pela Anatomia Patológica pode confirmar o diagnóstico de cancro gástrico”.

As opções de tratamento devem ser discutidas por uma equipa multidisciplinar e entram em linha de conta com o tipo, localização e extensão da doença, idade, estado geral e patologia associada. As opções podem incluir terapêutica endoscópica (ressecção das lesões sem necessidade de remoção do estômago), cirurgia de remoção de parte ou da totalidade do estômago, radioterapia e quimioterapia, isoladas ou em associação, refere ainda a SPED.

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