Campanha “Iron Asthma” desmistifica dúvidas e crenças sobre riscos da prática desportiva em doentes asmáticos 482

“Iron Asthma” é uma campanha de sensibilização lançada hoje – Dia Mundial da Asma – que procura combater os principais mitos associados ao exercício físico e à asma, com o intuito de demonstrar os benefícios de um estilo de vida saudável, ancorado no exercício físico, para uma melhoria da qualidade de vida das pessoas com asma moderada e grave. A campanha é uma iniciativa centrada na história pessoal de Vítor Fonseca, médico pneumologista, asmático e triatleta, com a colaboração institucional da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), com o apoio da GSK.

Vítor Fonseca tem 44 anos e já participou em provas nacionais e internacionais de longa distância, das quais se destacam quatro maratonas e três triatlos na distância IRONMAN. O pneumologista e atleta tem asma desde os 2 anos de idade, com sintomas graves e persistentes ao longo da infância, com crises noturnas nas quais acordava completamente bloqueado e sufocado. Depois de ter iniciado a medicação prescrita adequada e vacinação antialérgica, começou a praticar ginástica de forma regular e, assim, controlar as crises e a falta de ar. O medo da doença não impediu os pais de incentivar Vítor Fonseca a fazer exercício físico, fundamental para controlar a sua asma.

“Iron Asthma” nasce, precisamente, da vontade de desfazer os mitos existentes relativamente ao exercício físico e doenças respiratórias, esclarecendo a sociedade relativamente aos benefícios da prática desportiva em pessoas com asma moderada e asma grave, sublinhando a importância do controlo da patologia respiratória, de forma a que o doente possa ter uma qualidade de vida plena e saudável.

Vítor Fonseca, mentor do projeto, explica que “Iron Asthma vem demonstrar que a asma moderada e a asma grave são conciliáveis com um desporto exigente do ponto de vista cardiovascular e respiratório. Enquanto pneumologista e pessoa que vive com asma, considero fundamental incentivar todos os asmáticos a praticar exercício, não pensando que a sua doença as vai limitar. Uma asma adequadamente tratada não tem sintomas e é essa outra das mensagens que queremos passar”.

Mário Morais de Almeida, imunoalergologista e presidente da APA, sublinha que “a asma não tem de ser um fator de bloqueio na vida dos doentes. É uma patologia passível de controlo, mediante um tratamento adequado, sendo possível e, até, recomendável, conciliar desporto e asma, pois entre os benefícios que a atividade física traz ao nosso organismo, encontra-se a melhoria e controlo dos sintomas da asma.”

Em Portugal, mais de 700 mil pessoas têm asma[1]. Apenas 57% destes têm a sua asma controlada, o que significa que 43% dos portugueses passam por crises de dificuldade respiratória. Ainda assim, 9 em cada 10 doentes (88%) com asma não controlada tem uma perceção errada do estado de controlo da sua doença, pensando que têm a doença controlada, o que dificulta a procura de melhor tratamento.[2] Quando não controlada, a asma pode ser incapacitante ou mesmo fatal[3].

Referências:
1. Inquérito Nacional de Controlo da Asma de 2010. Divulgado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. Disponível em: https://www.spaic.pt/noticias/asma2020
2. Dados divulgados pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e pela Associação Portuguesa dos Asmáticos em 2019. Disponível em: https://www.spaic.pt/noticias/videodmasma19.
3. Guia prático de gestão da Asma – GRESP (2020). Disponível em: https://apmgf.pt/wp-content/uploads/2021/05/Guia_Asma_15x21_interac.pdf.

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