ASAE e EFSA sensibilizam os cidadãos para as alegações de saúde nos rótulos de alimentos 1517

Para a maioria de nós, ter uma alimentação variada, consumindo ingredientes frescos em abundância juntamente com alimentos processados e usando diferentes métodos de confeção, ajuda a equilibrar a dieta e contribui para a saúde e o bem-estar. Alguns alimentos têm os benefícios para a saúde ou nutricionais que queremos ou precisamos de ter em maior quantidade na nossa dieta, com a segurança garantida por cientistas que verificam os elementos de prova fornecidos pelos produtores de alimentos.

Enquanto médicos, nutricionistas e dietistas dão conselhos personalizados a pessoas com necessidades específicas, apoiados por diretrizes dietéticas nacionais com base científica que têm em conta as diferenças culturais em cada país, no caso das pessoas que não obtêm todos os nutrientes necessários através da alimentação, os suplementos alimentares — que também são avaliados cientificamente em termos de segurança — conseguem complementar as suas dietas, devendo, contudo, ser tomados por conselho de um profissional – e é isto que a campanha #Safe2EatEU, continua a centrar-se: em capacitar os cidadãos sobre vários aspetos da segurança alimentar, permitindo-lhes fazer escolhas mais informadas e, acima de tudo, ter segurança nos produtos que compram e ingerem.

A ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, na qualidade de Ponto Focal Nacional da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), participa uma vez mais, e pelo 4.º ano consecutivo, nesta campanha com a EFSA, cuja missão é reforçar a confiança dos consumidores no sistema de segurança dos alimentos da União Europeia (UE), informa em comunicado.

As alegações de saúde como «reduz o colesterol» nas embalagens são fiáveis?

Uma alegação de saúde consiste numa declaração sobre uma relação entre o alimento e a saúde. Por exemplo, uma alegação de saúde pode sugerir que um determinado alimento «reduz o peso corporal» ou «mantém a função muscular normal». Por outro lado, uma alegação nutricional indica ou sugere que um alimento tem propriedades nutricionais benéficas, como «baixo teor de gordura», «sem açúcares adicionados» e «elevado teor de fibras».

“Os regulamentos europeus garantem que todas as alegações de saúde feitas em rótulos, publicidade ou outros produtos promocionais são cientificamente justificadas e fáceis de compreender pelos consumidores”, começa por explicar Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora-geral da ASAE, adicionando que “em conjunto, os reguladores europeus e nacionais asseguram a proteção dos consumidores de informações inexatas ou enganosas relacionadas com os alimentos, transmitindo-lhes confiança no sistema de segurança alimentar”.

Que alimentos deve comer para ser saudável?

Na União Europeia, as autoridades nacionais fornecem aos consumidores orientações dietéticas com base nos alimentos para uma alimentação saudável. Trata-se de recomendações baseadas em dados científicos para a população em geral e para grupos como as mulheres grávidas e as crianças. Fornecem informações práticas, como os tamanhos das doses para diferentes alimentos e as doses diárias ou semanais recomendadas.

“É do conhecimento geral que o mais saudável é ter uma alimentação variada, a respeitar a sazonalidade, se possível de origem local, e evitar o consumo de alimentos com elevado teor de gorduras saturadas, açúcares e sal em alimentos transformados. Embora as diretrizes variem de país para país, em Portugal de acordo com Programa Nacional de Promoção de Saúde Pública é importante reduzir o consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, e devemos promover o consumo de cereais integrais, fruta e hortícolas, para que vivamos mais anos com saúde, menciona a subinspetora-geral da ASAE.

Os profissionais de nutrição e saúde também aconselham individualmente os consumidores sobre escolhas alimentares saudáveis e ajudam-nos a calcular o valor nutricional dos alimentos, por exemplo, explicando as informações que se encontram nos rótulos dos alimentos. O seu aconselhamento é apoiado por um conjunto de valores dietéticos de referência (DRV) para hidratos de carbono e fibras alimentares, proteínas, gordura, vitaminas e minerais estabelecidos por cientistas europeus.

Este ano, a campanha #Safe2EatEU amplia o seu alcance, com 18 países a congregar esforços para ajudar os consumidores a tomar decisões informadas sobre as suas escolhas alimentares. Os países participantes em 2024 incluem Portugal, a Roménia, a Chéquia, a Hungria, a Grécia, a Estónia, a Croácia, a Itália, a Letónia, Chipre, a Eslovénia, a Espanha, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Áustria, a Polónia, Montenegro e a Macedónia do Norte.