Abolição de carne de vaca é uma “medida sobretudo simbólica” 1175

Após o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, ter anunciado que a partir de janeiro do próximo ano as cantinas universitárias não vão ter mais carne de vaca, a polémica ficou instalada.

Se por um lado os Estudantes de Coimbra apoiam esta decisão, já o ministro da agricultura, os bovinicultores e o CDS criticam esta tomada de decisão.

Para Rodrigo Abreu, nutricionista, Managing Partner na Rodrigo Abreu & Associados, e fundador do Atelier de Nutrição, esta “é uma medida sobretudo simbólica, cuja eficácia na redução das emissões de CO2 é de difícil contabilização. Até porque é necessário conhecer qual o impacto ambiental das alternativas que serão escolhidas para substituir a carne de vaca agora proibida”.

Enquanto nutricionista, o fundador da Atelier Nutrição apresenta “bastantes reservas quando se anunciam restrições deste tipo”.

“Já dispomos de evidência suficiente para entender que o foco deve estar em conseguir padrões alimentares mais saudáveis para os indivíduos e mais sustentáveis para o planeta, em vez de simplesmente tentar banir o alimento A ou B”, explica.

O nutricionista acha que a longo prazo parecem ser “mais eficazes medidas como a escolha de ingredientes locais e sazonais (para evitar as emissões associadas ao seu transporte e armazenamento), a redução significativa do desperdício alimentar (cerca de 1/3 da comida produzida acaba no lixo) ou a educação alimentar dos estudantes, com vista à adoção de melhores hábitos alimentares”.

Consulte aqui a noticia que despoletou toda esta polémica.

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