Sensibilização e sistemas de apoio como elementos-chave para ajudar a combater a obesidade 254

• Programas especializados que combinam planos de nutrição personalizados, atividade física e apoio médico permitem melhorias significativas no bem-estar físico e emocional, conduzindo a uma melhoria na qualidade de vida.
• Uma abordagem global do tratamento da obesidade deve incluir cuidados médicos personalizados, redes de apoio social e programas comunitários que forneçam recursos educativos e apoio emocional.
• O lema do Dia Mundial da Obesidade apela à mudança de sistemas, desde a investigação até à prática clínica, para que se possa aumentar a sensibilização e o conhecimento sobre esta condição e evitar os preconceitos habituais associados à doença.

De acordo com a Federação Mundial da Obesidade, até 2035, estima-se que mais de 1,9 mil milhões de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade, números que indicam uma tendência crescente que se verifica há décadas e que não deverá abrandar na próxima década – muito pelo contrário, na verdade. A obesidade não é apenas uma doença, mas também um motor impulsionador de muitas outras doenças, como a diabetes tipo 2, as doenças cardiovasculares, a hipertensão e certos tipos de cancro, entre outras. Neste contexto, o dia 4 de março, Dia Mundial da Obesidade é uma oportunidade fundamental para refletir sobre estratégias eficazes de prevenção e combate a esta doença, a partir de diferentes abordagens.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade atingiu proporções epidémicas a nível mundial, afetando mais de 650 milhões de adultos e mais de 340 milhões de crianças e adolescentes, com números que continuam a aumentar. Em Portugal os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são também preocupantes: em 2022, 37,3% da população adulta tinha excesso de peso e 15,9% sofria de obesidade.

Uma abordagem global para combater a obesidade
Mais do que nunca, esta data sublinha a importância de reconhecer que a obesidade é uma doença complexa e multifatorial que requer uma abordagem abrangente e tratamentos baseados em evidências de forma a alcançar resultados sustentáveis. Só através da colaboração entre os sistemas de saúde, apoio social e políticas públicas, aliada a campanhas de sensibilização, será possível construir um futuro mais saudável para todos. Para além disso, um melhor conhecimento da doença e um forte apoio da comunidade ajudam a evitar que a responsabilidade recais apenas na pessoa que vive com obesidade, procurando respostas e soluções para ajudar a combatê-la.

No que respeita a soluções, existem diferentes tratamentos ou intervenções para fazer frente ao excesso de peso, desde orientações dietéticas e nutricionais, passando pela cirurgia bariátrica, até aos tratamentos farmacológicos. No entanto, qualquer uma das ferramentas utilizadas deve ser sempre acompanhada por uma recomendação profissional e de uma mudança no estilo de vida para obter resultados efetivos e duradouros, adaptados às necessidades de cada um. Por esta razão, desde 2004, a PronoKal, dedica-se ao tratamento do excesso de peso e da obesidade, reforçando a importância de não se centrar apenas na perda de peso e no número apresentado na balança. O foco deve estar na melhoria da saúde geral e da qualidade de vida das pessoas, eliminando assim o estigma associado à obesidade e promovendo uma abordagem holística da saúde física e mental. É com este compromisso que a marca desenvolve os seus programas e metodologias para o tratamento do excesso de peso e da obesidade de forma eficaz e sustentável.

Uma abordagem global do tratamento da obesidade deve incluir cuidados médicos personalizados, redes de apoio social e programas comunitários que forneçam recursos educativos e apoio emocional. Neste sentido, Maitane Núñez, Conselheira Médica do PronoKal Group, sublinha: “apesar dos avanços das últimas décadas por parte dos profissionais e das sociedades especializadas, é necessário continuar a sensibilizar para uma melhor compreensão da obesidade e das suas causas e consequências, porque a população em geral ainda não tomou plena consciência de que se trata de uma doença que, por sua vez, pode desencadear outras patologias associadas, como doenças cardiovasculares ou certos tipos de cancro, e que, como tal, deve ser abordada com profissionais e ferramentas específicas para cada caso”.

Necessidade de apoio da sociedade
No entanto, alcançar estas mudanças nem sempre é fácil, devido à a falta de tempo, ao stress, ao acesso limitado a ambientes saudáveis e à falta de motivação.
Para além disso, a falta de informação ou de orientação adequada sobre como implementar estas mudanças de forma eficaz é também uma barreira importante. Por conseguinte, é fundamental abordar a obesidade de uma forma abrangente, considerando não só o tratamento médico, mas também o ambiente e as políticas públicas que facilitam a adoção de hábitos saudáveis.

O papel das instituições na luta contra a obesidade
O Dia Mundial da Obesidade destaca o papel fundamental dos governos e das políticas públicas na luta contra a obesidade.
Os governos podem encorajar um ambiente mais saudável através da regulamentação dos produtos ultraprocessados e das bebidas açucaradas, da criação de espaços públicos para a atividade física e do desenvolvimento de programas de educação nutricional, especialmente nas escolas e colégios.

A nível europeu, a Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO) sublinha a necessidade de uma mudança sistémica na Europa, que envolva desde a investigação até à prática clínica. Sob o lema “Sistemas em mudança, vidas mais saudáveis”, a associação promove uma ação coordenada entre a saúde, a política, a investigação e a educação para melhorar a prevenção e o tratamento da obesidade. Através da iniciativa “Addressing Obesity Together”, fomentam a colaboração entre profissionais de saúde, decisores políticos, empresas e doentes, defendendo intervenções baseadas em provas e políticas sólidas para uma abordagem abrangente da doença.