Comer fast food contribui para morte prematura 1486

São dois os novos estudos que provam o impacto que os maus hábitos alimentares têm na saúde. Um alerta para uma perfeita ligação causa-efeito. Outro aponta os alimentos processados apenas como aceleradores do risco. Um é de uma equipa de cientistas franceses, outra de espanhóis. Ambos mostram que quem faz uma alimentação à base de refeições rápidas está mais suscetível de sofrer um ataque cardíaco ou um derrame, e ter uma morte prematura.

Cientistas da Universidade de Paris, durante cerca de cinco anos, procuraram saber mais sobre os hábitos alimentares. Para isso estudaram 105 mil pessoas e a sua relação com a saúde.

Apesar do estudo não provar que é a ingestão de refeições rápidas que causam as doenças, mostram contudo que está relacionada com o risco de as contrair. Quem consome alimentos mais processados está sob maior risco de acidente vascular cerebral, ataque cardiaco e outros problemas cardiovasculares.

Por exemplo, quando a quantidade de alimentos ultra processados na dieta aumentou de 10% para 20%, o risco de sofrer alguma destas patologias aumentou 12%.

Os resultados mostram que haverá 277 casos de doenças cardiovasculares registados em cada ano por cada 100 mil consumidores de alimentos ultra processados. E 242 casos nos consumidores mais saudáveis.

O outro estudo é de cientistas da Universidade de Navarra, em Espanha. Estes estudaram a saúde e os hábitos alimentares de quase 20 mil indivíduos licenciados, entre 1999 e 2014.

Durante a investigação, 335 destes morreram. Segundo as conclusões deste estudo, os consumidores de comida processada tinham mais 62% de hipótese de morrerem comparativamente aos que comiam menos. Os primeiros comiam mais de quatro porções por dia de fast food, os segundos menos duas doses por dia. Por cada porção a mais, o risco de morte aumentou 18%.

O facto de a taxa de mortalidade aumentar ao mesmo tempo que o aumento deste consumo sugere que os alimentos ultra processados são realmente os culpados pelas mortes prematuras.

Se há algo em que ambos os estudos concordam na totalidade é que este tipo de alimentação é prejudicial e deve estar na agenda dos governos.

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