Anorexia nervosa: Número de hospitalizações duplicou em 15 anos 1689

 

 

11 de dezembro de 2018

Os distúrbios alimentares levaram, desde o início do milénio até 2014, à hospitalização de cerca de 4.500 doentes. A anorexia nervosa foi a doença deste tipo com maior incidência nos hospitais públicos em Portugal continental.

 

Entre as 4.485 hospitalizações por transtornos alimentares registadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), 2.806 dessas terão como causa a anorexia nervosa e algumas resultado mesmo em mortes, entre o ano 2000 e 2014, avança o jornal “Diário de Notícias”. A bulimia nervosa está também entre os transtornos mais frequentes nos internamentos monitorizados, embora com menos incidência. 

 

Os dados resultam de um estudo publicado na revista académica “International Journal of Eating Disorders”, onde participou uma equipa de investigadores portugueses do CINTESIS (Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde), em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. A investigação parte de uma análise destes 15 anos, realizada nos hospitais públicos portugueses de Portugal continental. 

 

«O número de hospitalizações por distúrbios alimentares se manteve estável ao longo dos anos em estudo, mas os casos de anorexia nervosa subiram de 12,8 por 1 milhão de habitantes para 23,7 em 2014», refere o estudo acedido pelo periódico. 

 

Um terço deste total de hospitalizações é relativo a doentes que tiveram que ser hospitalizadas mais do que uma vez e, entre a porção nacional de doentes com distúrbios de comportamento alimentar, está ainda incluído um número de casos que não necessitaram de ficar internadas após a consulta.

 

Trata-se do primeiro estudo europeu onde são avaliadas todas as patologias do comportamento alimentar, além da anorexia e da bulimia, considerados os mais conhecidos e os únicos que costumam ser objeto de investigação. 

 

A anorexia registou maior mortalidade intra-hospitalar do que a bulimia, afetando principalmente mulheres (87%) e em idades ainda jovens. Esta é considerada uma das patologias psiquiátricas mais letais.

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