Famílias de Lisboa e do Algarve são as que mais sofrem de insegurança alimentar 470

25 de Janeiro de 2016

As famílias da região de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve são as mais afetadas por problemas de insegurança alimentar, alertou João José Fernandes, presidente da Oikos.

Durante a conferência “Para uma Integração de Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional em Portugal”, que decorreu hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, João José Fernandes explicou que esta realidade se deve essencialmente a questões económicas, mas também à perda de ligação à agricultura e às «redes sociais tradicionais de apoio».

Já Pedro Graça, da DGS, frisou, durante a apresentação dos resultados de um inquérito alimentar nacional e de atividade física, que 50% da população portuguesa é vítima de insegurança alimentar, tratando-se contudo de uma «insegurança ligeira».

«Existe uma relação clara entre insegurança alimentar e obesidade», afirmou Pedro Graça, à margem do evento. «Os alimentos com grandes valores energéticos e muitas calorias são também os mais baratos e acessíveis», explicou.

No decorrer desta conferência foi lançado oficialmente, em Portugal, o “Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana”, um pacto internacional que pretende envolver o maior número possível de cidades e autoridades locais de todo o mundo para a criação de sistemas alimentares mais integrados, justos e sustentáveis.

«O compromisso e envolvimento das cidades são essenciais para atingir o objetivo de alimentar o mundo; cerca de 15% dos alimentos disponíveis no mundo são produzidos em áreas urbanas e estima-se que a proporção global de pessoas a viver em cidades atingirá os 65% em 2025», disse o presidente da Oikos, em comunicado.

Já cerca de 30 autarquias aderiram ao apelo e subscreveram o Pacto de Milão.

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