SPAVC: Incidência e mortalidade por AVC têm «diminuído muito» nos últimos 10 anos 1361

01 de fevereiro de 2017

O presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), José Castro Lopes, disse hoje, no Porto, que a incidência e mortalidade por AVC têm «diminuído muito» nos últimos 10 anos, admitindo a possibilidade de «acabar» com a doença.

«Não vai ser possível a breve trecho, mas vai diminuir muito a sua incidência e a sua mortalidade, como aconteceu nos últimos dez anos. O ‘acabar’ é mais longínquo, mas é uma guerra que não está perdida», afirmou o neurologista em declarações à “Lusa” a propósito da 11.ª edição do Congresso Anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), que começa quinta-feira, no Porto.

“Poder acabar com o AVC”, será o tema da conferência inaugural do congresso que decorrerá até sábado, com a presença de «mais de 800 participantes», segundo a organização.

De acordo com a SPAVC, em Portugal, as elevadas taxas de AVC têm sido atribuídas a um fator de risco específico, a hipertensão arterial, que, por sua vez, tem como principal causa o consumo excessivo de sal. O sedentarismo, a obesidade e o tabagismo, entre outros, são também fatores de risco.

Castro Lopes destaca alguns temas do congresso que vêm reforçar as mensagens-chave transmitidas pela SPAVC ao longo dos anos: “Estilos de vida na vanguarda do AVC”, “A importância do risco vascular na deterioração cognitiva” e “Os aspetos do tratamento da fase aguda do AVC isquémico”.

O neurologista chamou ainda a atenção para a sessão dedicada à reabilitação, salientando que «a reabilitação pós-AVC é um direito que deve ser mantido enquanto o doente não readquirir as funções perdidas».

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