Ao longo de uma semana, no final de junho, dezenas de idosos participaram em diversas atividades da Nova Medical School, em Lisboa, para medir o pulso à saúde. Colesterol, tensão alta e diabetes estão entre os problemas de alguns dos participantes, que os combatem com uma boa alimentação e exercício físico.
Entre 30 de junho e 4 de julho, a Senior Medical School possibilitou aos participantes da terceira idade uma semana pensada em cuidar melhor da sua saúde e qualidade de vida. Nas sessões ministradas por profissionais e investigadores com experiência nesta área, falou-se de saúde cardiovascular e realizaram-se workshops com foco em alimentação saudável, exercício físico e sono, além da divulgação de estratégias práticas para prevenir e gerir doenças crónicas.
Palavra aos idosos
Ana Duarte, 74 anos, mostrava-se motivada por aprender, mas preocupada com a saúde. “A ‘embalagem’ está boa, o que está lá dentro é que é pior”, começou por referir, em jeito de brincadeira. “O que me levou a participar foi obter dicas, porque tenho uma saúde muito frágil, problemas nos músculos e nas articulações. Procuro tudo aquilo que me possa dar estratégias para lidar com esse problema. E já vi que aqui isso acontece”, elogiou.
Maria, 71 anos, não tinha dúvidas. “Estou a gostar muito desta iniciativa. Acho que é uma mais-valia. Já me fizeram muitas perguntas e preenchi muitas fichas”, contou à VIVER SAUDÁVEL. “A nível de saúde estou mais ou menos: tenho diabetes e colesterol elevado, é o que mais me preocupa”, informou. “Ando mais gorda, mas a tentar emagrecer, pelo menos faço um grande esforço para que isso aconteça”, admitiu. Maria pratica uma atividade que adora: “Tento dançar três vezes por semana, dá-me equilíbrio e também é muito bom para a cabeça”.
Ana Rodrigues, médica e professora naquela faculdade, fez o balanço no final das atividades da Nova Medical School. “O objetivo desta iniciativa era fazer uma criação de uma semana na qual houvesse troca de experiências entre as pessoas mais velhas e um conjunto de profissionais de saúde, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, professores do exercício, enfermeiros e também alunos de nutrição ou alunos de medicina”, começou por referir. “E, portanto, a ideia era mesmo fazer uma troca de experiências dos dois lados: nós damos aquilo que sabemos e as pessoas mais velhas também nos dão o que sabem”, acrescentou.
Parte do artigo “Viver bem, durante mais tempo”, publicado na edição #97 da revista VIVER SAUDÁVEL (setembro-outubro, 2025).




