Novos dados demonstram que se perdeu terreno na imunização de adultos durante a pandemia, com 100 milhões de doses potencialmente perdidas 569

• Apesar dos sucessos obtidos nos programas de vacinação contra a COVID-19, a utilização global de outras vacinas para adultos diminuiu durante o mesmo período, agravando a já baixa adesão aos programas de imunização para adultos [1];
• Os dados indicam, igualmente, que o investimento em vacinas para adultos continua a ser baixo, correspondendo a menos de 2% do total das despesas em saúde em todas as regiões [1];
• A análise reforça a necessidade de mudanças, uma vez que os dados existentes comprovam a importância da prevenção, através da vacinação, de doenças infecciosas no adulto, uma vez que estas representam uma causa relevante de mortalidade, morbilidade e custos dos cuidados de saúde [1].

Os novos dados partilhados pela GSK, em colaboração com o IQVIA Institute for Human Data Science e a Global Coalition on Aging (GCOA), estimam que, em 2021 e 2022, foram administradas aproximadamente menos 100 milhões de doses de vacinas para adultos do que o previsto (excluindo as vacinas contra a COVID-19), com base nas tendências globais de adesão à vacinação observadas entre 2013 e 2020, acentuando as taxas de adesão já baixas antes da pandemia.

Este facto é evidenciado num relatório efetuado recentemente, com o apoio da GSK, que destaca as tendências da imunização no adulto a nível mundial e o impacto que a pandemia da COVID-19 teve na adesão às vacinas na população adulta. De acordo com a análise, apesar do sucesso dos programas de vacinação de adultos contra a COVID-19 – com 132 doses de vacinas administradas por cada 100 adultos em 2022 – apenas 16,2 doses por 100 adultos foram administradas a nível mundial no que diz respeito a outras vacinas para adultos.

A análise mostra também que a pandemia da COVID-19 teve um impacto particularmente negativo na vacinação de adultos em países de categoria média ou baixa do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), um índice que tem em conta a esperança média de vida, a educação e o rendimento per capita [2]. Países como a Índia, Marrocos e Filipinas (categoria média) e o Paquistão, Senegal, Togo e outros (categoria baixa) registaram declínios substanciais nas taxas de vacinação de adultos durante a pandemia, permanecendo abaixo das linhas de tendência. Os países com um IDH “muito elevado”, incluindo os EUA, a maior parte da Europa, o Japão, entre outros, apresentavam os maiores progressos na vacinação de adultos antes da pandemia. Estes países também registaram um declínio na adesão, após terem atingido um pico em 2020-2021, do qual ainda estão a recuperar.

“Embora tenham sido realizados progressos significativos no desenvolvimento de vacinas para ajudar a prolongar a saúde dos adultos [3], os dados demonstram que não estamos a conseguir proteger os adultos de todo o mundo contra as doenças que podem ser prevenidas através da vacinação. Melhorar o acesso à imunização dos adultos faz parte da solução para apoiar o envelhecimento saudável, criar forças de trabalho robustas, melhorar a capacidade dos cuidados de saúde e aumentar a resiliência socioeconómica e dos sistemas de saúde. Estamos empenhados em colaborar com o GCOA, a IQVIA e outros especialistas, advocates e comunidades para garantir que mais adultos tenham acesso imediato aos programas de vacinação”, afirmou Piyali Mukherjee, VP Global Vaccines Medical Affairs da GSK.

A imunização dos adultos pode ser associada a uma melhoria da saúde e da qualidade de vida, reduzindo, em alguns casos, o risco de hospitalização para metade e de morte para um terço [3]. Apesar disso, as taxas de vacinação dos adultos são quase sempre inferiores às da população em idade pediátrica [3]. Atualmente, mais de 80% das vacinas em desenvolvimento pelos membros da Vaccines Europe, um grupo que representa empresas de vacinas de todas as dimensões que operam na Europa, destinam-se a adultos [4], inaugurando uma nova era para a ciência. No entanto, com o investimento em vacinas para adultos a representar menos de 2% do total das despesas farmacêuticas em todas as regiões, existe uma ampla oportunidade para aumentar o investimento proactivo na prevenção. Adicionalmente, estima-se que cada euro que um governo investe na vacinação de adultos com mais de 50 anos poderia gerar um retorno de 4 euros devido ao impacto das doenças no crescimento, na produtividade e na participação da força de trabalho, bem como nos sistemas fiscais e de pensões [5].

Com o objetivo de melhorar as taxas de vacinação, a imunização de adultos deve tornar-se um padrão nos cuidados de saúde. A existência de programas nacionais de vacinação sólidos que integrem as recomendações de vacinação de adultos, poderá ajudar a melhorar a implementação dos mesmos. Os programas de vacinação para adultos que simplificam o timing para administração das várias vacinas, juntamente com o número de profissionais de saúde aptos para o fazer e o aumento dos locais de vacinação, contribuirão para um acesso mais generalizado. O acompanhamento da adesão à vacinação e a definição de objetivos, permitiriam a avaliação contínua das intervenções políticas e apoiariam a introdução de novas medidas ao longo do tempo.

Michael W. Hodin, Diretor Executivo do GCOA, refere: “À semelhança da política de vacinação contra a COVID-19, é fundamental que todas as vacinas para adultos sejam consideradas valiosas não só para a saúde dos adultos, mas também da sociedade em geral. A saúde da nossa população adulta é um fator crítico para a saúde geral da nossa economia global e, por conseguinte, a prevenção é um instrumento de impacto positivo para os sistemas de saúde em geral. O acesso generalizado às vacinas para adultos contribuirá também para a realização de progressos significativos no que respeita aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e à Década do Envelhecimento Saudável. Todos os que investem numa longevidade saudável, desde os empregadores centrados na sua força de trabalho até aos profissionais de saúde, beneficiam de uma abordagem de imunização ao longo da vida.” [7]

A GSK tem como objetivo impactar positivamente a saúde de mais de 2,5 mil milhões de pessoas até ao final de 2030, sendo que o desenvolvimento de vacinas inovadoras para adultos pode contribuir para a concretização deste objetivo.

Para mais informações sobre a análise global das tendências de vacinação dos adultos e a metodologia completa, consultar https://www.iqvia.com/insights/the-iqvia-institute/reports/trends-in-global-adult-vaccination.

Referências
1. Trends in Global Adult Vaccination: Impact of COVID-19 – RESEARCH BRIEF – IQVIA
2. UNDP. Human Development Index. https://hdr.undp.org/data-center/human-development-index#/indicies/HDI (Last accessed June 2023)
3. McElhaney, J. E., et al. European Geriatric Med. 2016; 7(2): 171-175.
4. Doherty TM, Del Giudice G, Maggi S. Ann Med. 2019 Mar;51(2):128-140
5. Vaccines Europe. Vaccines Europe pipeline review, 2022. https://www.vaccineseurope.eu/wp-content/uploads/2023/01/00663248_EFP-Vaccine- Innovation-Report-RGB.pdf (Last accessed 28 February 2023)
6. Vaccines Europe. Priotising adult immunisation policy in Europe https://www.vaccineseurope.eu/news/position-papers/prioritising-adult-immunisation- policy-in-europe (last accessed June 2023)
7. New analysis shows lost ground on adult immunisation during the pandemic with 100 million doses potentially missed | GSK (last accessed July 2023)

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