Instituições que confecionem refeições podem ter Selo Saudável da Câmara de Lisboa 660

10 de Novembro de 2016

As instituições de Lisboa sem fins lucrativos que confecionem comida para os utentes e tenham refeitório podem candidatar-se ao Selo Saudável, um projeto-piloto anunciado ontem pela Câmara Municipal para melhorar a alimentação dos lisboetas.

 

Em parceria com a Direção-Geral de Saúde, a Câmara Municipal de Lisboa vai preparar um «manual pedagógico sobre nutrição e preparação de refeições», que deverá ser seguido pelas instituições, cooperativas e associações que se candidatem entre 16 de novembro e 16 de dezembro.

 

Após uma candidatura através do ‘site’ do município, informou ontem a diretora do Departamento para os Direitos Sociais da Câmara Municipal, a instituição «receberá uma visita dos serviços para validar a sua inscrição» e receberá o manual que deve seguir, avaçou a “Lusa”.

 

De seguida, realizam-se «ações de sensibilização e capacitação das equipas», continuou Susana Ramos, pelo que as instituições dispõem de seis meses para implementar os requisitos.

 

Depois da adaptação, será entregue o Selo Saudável e a monitorização de cada refeitório prolonga-se durante um ano.

 

Segundo o município, «este projeto insere-se na promoção de boas práticas ao nível da oferta alimentar, higiene, saúde e segurança, no âmbito da intervenção em saúde e gestão da oferta alimentar».

 

«Queremos dar-vos ferramentas para que possam ajudar quem vos procura», frisou Susana Ramos, perante uma plateia repleta de representantes destas instituições.

 

Os objetivos deste projeto passam por «aumentar a literacia alimentar e nutricional da população de Lisboa», «desenvolver mais conhecimento», e conseguir oferecer uma «alimentação mais digna e rica possível».

 

«Estamos a falar de instituições que trabalham com populações habitualmente mais carenciadas», referiu a diretora.

 

Este projeto-piloto foi apresentado no Centro Social da Musgueira, numa apresentação à qual se seguiu um ‘workshop’ centrado em formas saudáveis de cozinhar.

 

A ementa teve salmão, acompanhado por esmagada de grão-de-bico e salada de cenoura e courgette, e uma sobremesa de pera e iogurte. Alguns dos convidados presentes participaram na sua confeção, conduzidos por um chef.

 

«Já estamos ansiosos por saber mais e para aderir», afirmou Ana Barata, responsável do Centro Social da Musgueira.

 

Também presente, e em representação da Direção-Geral de Saúde, Sofia Sousa apontou que «para muitas famílias é mais fácil comer mal do que comer saudável», pelo que as «autarquias têm um papel fundamental na promoção da alimentação saudável».

 

Considerando que esta é uma «iniciativa excecional, que pode mudar a vida de muitos lisboetas», a responsável ofereceu apoio técnico à sua implementação e afirmou esperar que «possa ser replicada noutros pontos do país».

 

 

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