ON aplaude colocação de alimentos saudáveis em máquinas de venda automáticas 1022

07 de junho de 2016

O Ministério da Saúde publicou, esta segunda-feira, um despacho relativo à melhoria da oferta alimentar nas máquinas de venda automática disponíveis nas várias instituições do Ministério da Saúde, que determina a substituição de produtos prejudiciais à saúde por outros mais saudáveis, transmitindo assim um sinal claro de uma aposta em medidas para a promoção da saúde.

 

A Ordem dos Nutricionistas (ON), que esteve envolvida na preparação deste projeto, aplaude esta medida, reforçando a bastonária Alexandra Bento que «a promoção de alimentos saudáveis em locais do Estado deve ser um imperativo, de forma a promover uma sociedade com mais saúde».

 

Em comunicado, a ON afirma que existe uma evidência sobre os efeitos nocivos à saúde dos alimentos com elevada densidade energética, ricos em açúcar, sal e gordura na saúde, pelo que deve ser uma preocupação do Estado a alteração da disponibilidade alimentar de forma a tornar mais acessíveis à população os alimentos mais saudáveis. Desta forma, prevê-se que, a médio prazo, as repercussões se façam sentir não só na oferta alimentar do próprio mercado, como também na escolha de alimentos mais saudáveis por parte do consumidor.

 

«Embora possa parecer um pequeno passo, é graças a este tipo de ações que se podem alcançar grandes ganhos em saúde e ver surgir outras medidas capazes de fazer a diferença na saúde dos portugueses e na sustentabilidade do SNS», reforça a bastonária dos nutricionistas.

 

O ambiente e a disponibilidade alimentar no local de trabalho têm influência nos hábitos alimentares dos indivíduos, pelo que é importante que as instituições se imponham como promotoras de saúde, devendo assumir práticas que promovam, junto dos seus profissionais e utentes, a adoção de comportamentos saudáveis e em conformidade com a política de saúde.

 

Para Alexandra Bento, esta ação pode ser sinónimo de um «impacto económico positivo, nomeadamente pela obtenção de ganhos em saúde, tais como a diminuição do risco de desenvolvimento de doenças crónicas, como a obesidade e a diabetes, que acarretam uma grande carga para a economia e para os serviços de saúde».

 

O sucesso desta medida depende de diversos fatores, nomeadamente da implementação de uma política alimentar e nutricional coerente, materializada em diversas medidas de promoção de literacia e vigilância alimentar, mas também da criação de uma sinergia entre outras instituições nacionais, replicando esta medida para a sua respetiva realidade.

 

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