Políticas públicas devem ajudar a que “opções de alimentação mais saudáveis e nutritivas sejam as mais acessíveis” 965

Isabel Estrada Carvalhais, eurodeputada socialista, foi uma das oradoras do primeiro dia do XXI Congresso de Nutrição e Alimentação, neste caso na conferência “O papel das políticas do Prado ao Prato para a concretização da estratégia ‘Uma só saúde’”.

Entre outras ideias, a eurodeputada falou sobre as relações entre humanos e animais e como estas, atualmente, interferem na vida a nível mundial, desde a alimentação à saúde, passando até pelo companheirismo.

Sobre isso, Isabel Estrada Carvalhais relembrou que “as populações humanas estão a crescer e a expandir-se para outras áreas geográficas e, como resultado, mais pessoas vivem em contacto próximo, não só com animais domésticos, como também de animais selvagens”.

“Pode parecer pouco óbvio, com a exceção de alguns sobressaltos em comunidades rurais, contudo noutros países, a expansão dos habitats humanos é de tal ordem que entram pelo espaço anteriormente ocupado por animais selvagens, incluindo animais de grande porte”, acrescentou.

A oradora destacou que sejam “animais domésticos ou selvagens”, ligados ao “desporto, transporte ou companheirismo, até papel na saúde mental dos humanos, são muitos os papeis dos animais nas vidas humanas”. “Mas a proximidade entre humanos e animais também traz desafios, como a transmissão de doenças entre uns e outros. E sabemos que cerca 60% de todas as doenças infeciosas que afetam os seres humanos têm origem em animais”, acrescentou.

Por isso, esclarece: “A abordagem ‘Uma só saúde’ é por isso vital para combater a resistência antimicrobiana em humanos e animais. Requer ações interdisciplinares e se interligam mais uma vez com os objetivos da estratégia do Prado ao Prato”.

A eurodeputada Isabel Estrada Carvalhais referiu ainda que “por outro lado, o movimento de pessoas, animais e produtos de origem animal aumentou com as viagens e com o comércio internacional”. “Como resultado, as doenças podem espalhar-se através das fronteiras de uma forma mais rápida do que o seu próprio período de incubação, aumentando as probabilidades de crises de saúde pública e as exigências de respostas céleres e eficazes”, frisou.

“Saúde e alimentação estão profundamente interligadas e as políticas públicas têm um papel a desempenhar para ajudar as sociedades a avançar em direção a padrões alimentares mais saudáveis e sustentáveis. E também na criação de condições de contexto para que as opções de alimentação mais saudáveis e nutritivas sejam também as mais acessíveis”, garantiu.

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