Investigação sobre contaminação de alimentos preocupa a ONU 568

29 de Junho de 2016

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ontem que os países invistam mais na investigação da contaminação de alimentos através da técnica de Sequenciação Total do Genoma (WGS, na sigla em inglês).

Sarah Cahill, especialista da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) disse ontem em Roma que a WGS permite entender melhor o funcionamento das bactérias, vírus ou parasitas que provocam muitas intoxicações alimentares.

A sequenciação de genoma permite identificar alterações no código genético (ADN), caracterizar geneticamente o microorganismo infecioso e levar à identificação de cadeias de transmissão e de fontes de contaminação, pelo que, segundo Sarah Cahill, é mais adequada do que outras técnicas moleculares.

Cahill admitiu, no entanto, que há países que carecem de meios para aplicar essa tecnologia avançada, que produz grandes quantidades de dados para interpretação.

A FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foram coautoras de uma publicação técnica que indicava que a WGS pode contribuir para melhorar a gestão alimentar e garantir o bom estado dos produtos alimentares, mas não é suficiente.

As agências da ONU consideram que os dados obtidos em laboratório devem ser interpretados em combinação com outros resultados e não substituem as boas práticas da agricultura, da indústria, da higiene alimentar ou dos sistemas de vigilância da saúde pública.

Também uma responsável da OMS, Amy Cawthtrone insistiu na necessidade de apoiar os países em desenvolvimento no reforço dos sistemas de vigilância, o que implica fortalecer as suas capacidades laboratoriais e apostar na investigação conjunta com especialistas em estatística e epidemiologia.

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