Mariana Monteiro e Diana Rodrigues-Martins, docentes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, integraram o grupo de peritos responsáveis pela elaboração da posição oficial da Sociedade Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO), para o acompanhamento de mulheres com obesidade em idade fértil.
A posição, recentemente publicada na revista oficial da EASO, Obesity Facts, reúne um conjunto de recomendações para o controlo da obesidade e excesso de peso ao longo das diferentes fases da mulher em idade reprodutiva.
“A gestão da obesidade em mulheres tem que estar presente na preconceção, durante a gravidez, e no pós-parto”, defende Mariana Monteiro, citada pelo portal da Universidade do Porto (UP). “A obesidade não é uma doença que se deva colocar em standby para resolver depois”, continua, justificando que “se gerirmos a doença antes, durante e depois da gravidez, a probabilidade de uma gravidez bem-sucedida é maior”.
Ainda de acordo com o referido no portal da UP, uma perda de peso de 5 a 10% em 6 meses antes da conceção, o rastreamento de mulheres grávidas para diabetes gestacional no início da gravidez, o aconselhamento sobre controlo de obesidade e apoio psicológico ou a importância do controlo do peso pós-parto para mitigar o risco de resultados adversos para a mãe e o bebé são algumas das recomendações presentes no documento.
A equipa espera agora que o documento da EASO possa ter acolhimento nos protocolos clínicos das instituições de saúde europeias, com o objetivo de se diminuírem os riscos para a saúde de mulheres com obesidade e dos seus bebés.




