Colesterol “bom” pode aumentar risco de ataque cardíaco em pessoas com mutação genética rara 627

14 de Março de 2016

Afinal o colesterol “bom” também pode ser prejudicial para a saúde de alguns indivíduos. Uma investigação revela que este pode aumentar o risco de ataque cardíaco em pessoas com uma mutação genética rara, que faz com que o corpo tenha níveis altos de colesterol HDL.

«Os nossos resultados indicam que algumas causas de HDL elevado podem aumentar o risco de problemas cardíacos», disse o principal investigador, Daniel Rader da Universidade da Pensilvânia. «É a primeira vez que é demonstrada uma mutação genética que faz subir o HDL mas aumenta o risco de doenças cardíacas».

Esta descoberta pode ajudar a explicar porque é que os medicamentos que aumentam os níveis de HDL não têm dado os resultados esperados em ensaios clínicos. Na última década, três medicamentos experimentais conhecidos como inibidos CETP, das empresas farmacêuticas Pfizer, Roche e Eli Lilly, saíram-se mal em ensaios clínicos, deixando o medicamento anacetrapib, do laboratório Merck, isolado nas fases finais de estudos, avançou o “DN”.

O diretor médico da Fundação Britânica do Coração, Pete Weissberg, afirmou que esta nova investigação ajuda a compreender melhor um grande enigma, e pode ajudar a abrir caminho para outros tratamentos a longo prazo. «Esta descoberta inesperada abre portas para investigações mais profundas do gene SCARB1, para identificar novos tratamentos que reduzam ataques cardíacos no futuro», disse numa declaração o diretor da fundação que financiou a investigação.

Normalmente, o colesterol HDL ajuda ao funcionamento do sistema cardiovascular, ao enviar o colesterol para o fígado, onde pode ser eliminado. Mas o processo é alterado nas pessoas que têm uma versão diferente do gene SCARB1, o que leva a níveis mais elevados de HDL que não cumpre o seu trabalho. A mutação parece ser específica de pessoas de ascendência da etnia judia Ashkenazi.

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