Cientistas da UMinho retardam deterioração de frutos com um produto das colmeias 880

Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho (UMinho) está a estudar uma forma de retardar a contaminação microbiana e o amadurecimento pós-colheita da fruta.

O estudo é da autoria de Cristina Almeida Aguiar, Ana Cunha, Leonor Tunes Pereira, Ana Beatriz Carneiro e Lucas Falcão Peixoto, investigadores do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da UMinho.

A investigação recaiu sobre o própolis, uma resina biológica criada por abelhas para proteger as suas colmeias e que é utilizada na indústria farmacêutica, cosmética e em higiene e saúde oral, principalmente pelas suas propriedades antimicrobianas e antioxidantes.

De acordo com os dados divulgados no portal da Universidade, os resultados estão a mostrar-se promissores.

O estudo mostra que pode ser possível diminuir o aparecimento de doenças e/ou retardar o apodrecimento microbiano em maçãs, peras e tomates cherry, mas também a degradação natural durante o seu armazenamento e comercialização com recurso a este produto biológico.

No caso de doenças dos frutos causadas por microrganismos fitopatogénicos, este processo de retardação pode passar por pulverizar as árvores, mas os cientistas também testaram soluções à base de própolis após a colheita dos frutos.

Ambas as situações mostraram uma redução no avanço dos focos de infeção induzida.

A utilização do própolis apresenta algumas vantagens para a biodiversidade e para o ambiente, uma vez que pode levar à diminuição do uso de pesticidas e fungicidas, mas também pode representar um avanço contra o desperdício alimentar.

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