Ciberataque: Serviços de saúde sem registo de incidentes, mas com e-mails condicionados 713



15 de maio de 2017

Os serviços de saúde mantêm-se hoje sem qualquer registo de incidente relativo a ataques informáticos, mas têm orientações para seguir medidas de precaução, segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Fonte oficial dos SPMS indicou à agência “Lusa” que, até às 14:00 de hoje, não houve registo de nenhum problema ou incidente relacionado com o ataque informático de grandes dimensões à escala internacional.

A mesma fonte acrescentou não ter registo de sistemas informáticos que estejam inoperacionais por via de um ataque e disse não haver indicações para desligar os sistemas que interferem com os serviços aos utentes.

Os SPMS divulgaram no domingo uma circular a todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com indicações de cuidados adicionais, nomeadamente condicionando o acesso de correio eletrónico (e-mail).

Outro dos cuidados pedidos foi para que todos os computadores de funcionários do SNS fossem desligados de domingo para hoje.

A utilização dos computadores hoje e terça-feira deve ainda cumprir alguns requisitos, como seja serem ligados sem conexão à rede (cabo ou ‘wireless’) no caso de ainda não terem sido implementadas as medidas de segurança pela informática da instituição.

Segundo a circular dos SPMS, a ligação à rede cabo ou ‘wireless’ só deve ocorrer depois de aplicadas as medidas de segurança recomendadas.

Os serviços contam emitir uma nova orientação na terça-feira ao fim do dia, dando novas indicações.

O ciberataque lançado na sexta-feira contra vários países e organizações foi de “um nível sem precedentes”, admitiu no sábado o gabinete europeu da Europol (Serviço Europeu de Polícia).

O ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Entretanto, a Claranet alertou hoje para a possibilidade de novos ciberataques e aconselhou os utilizadores a terem os sistemas atualizados, não abrir anexos desconhecidos e desligar da energia todo o equipamento suspeito de estar infetado.

Este ciberataque já afetou 150 países e 200 mil sistemas informáticos.

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